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Fed segue confiante em queda da inflação nos EUA, mas sinaliza cautela no corte do juro

Na reunião de política monetária mais recente do Federal Reserve (Fed), os dirigentes reforçaram a confiança em que a inflação nos Estados Unidos caminha de maneira sustentada em direção à meta de 2%, mas alguns deles alertaram que o processo pode demorar mais do que o esperado. É o que mostra a ata referente ao encontro, divulgada nesta terça-feira, 26.

Dessa forma, muitos dirigentes da autoridade monetária norte-americana avaliaram que a incerteza sobre o nível neutro dos juros torna apropriado que o banco central americano reduza a taxa básica de maneira gradual.

Segundo o documento, a expectativa segue a de que os juros caiam para configurações mais neutras, se os dados evoluírem conforme esperado. No entanto, os participantes da reunião reforçaram que a política monetária não está em uma trajetória predefinida e depende essencialmente na evolução da economia. “Eles sublinharam que seria importante que o Comitê deixasse isto claro à medida que ajustava a sua posição política”, destaca a ata.

Conforme o relatório, os membros do Fed concordaram que a atividade econômica continuou se expandindo em ritmo sólido e que houve progresso no combate à inflação, embora os índices de preços permaneçam altos. Mesmo assim, os dirigentes decidiram retirar do comunicado a menção à “maior confiança” sobre a inflação, já que tal linguagem era apropriada no começo do processo de relaxamento.

Os participantes da reunião destacaram que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) precisa equilibrar dois riscos contraditórios: o de cortar juros com muita rapidez e, assim, reverter os progressos no combate à inflação; e o de ser lento demais no processo e impor danos desnecessários à economia.

Por isso, alguns dirigentes notaram que o Fed pode ter de pausar o ciclo de afrouxamento e manter a taxa básica em nível restritivo se a inflação seguir elevada, de acordo com o relatório. “E alguns observaram que a flexibilização da política poderia ser acelerada se o mercado de trabalho piorasse ou a atividade econômica vacilasse”, ressalta o texto.

Por André Marinho e Matheus Andrade

Estadão Conteúdo

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