A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a rede de cafeterias chinesas Luckin Coffee assinaram memorando de entendimento para promoção do café brasileiro na China. O memorando, assinado na tarde desta terça-feira no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), prevê a compra de aproximadamente 240 mil toneladas de café brasileiro pela Luckin Coffee entre 2025 e 2029. Esse volume exportado deve gerar receita de US$ 2,5 bilhões.
A Luckin Coffee é a maior rede de cafés da China, com mais de 22 mil lojas no país, e é a principal importadora de café brasileiro no país, tanto café verde quanto grão especial do Brasil.
O compromisso foi assinado pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e o CEO da Luckin Coffee, Jinyi Guo. Em junho, durante visita do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, ao país asiático, a Luckin Coffee firmou contrato para compra de 120 mil toneladas de café brasileiro por cerca de US$ 500 milhões.
De acordo com o MDIC, o acordo deve alavancar o saldo das exportações brasileiras de café. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou cerca de US$ 9,6 bilhões de café, segundo dados do Comex Stat, plataforma de comércio exterior do MDIC. A China atualmente é o sexto maior comprador do grão brasileiro. Conforme o MDIC, a Luckin Coffee se comprometeu também a promover o café do Brasil no país.
Jorge Viana lembrou que o País é o maior produtor e exportador mundial de café. “Temos o melhor café canéfora e arábica do mundo, mas temos que trabalhar melhor a propaganda no mundo”, disse. Segundo ele, o público da rede chinesa é de 300 milhões de consumidores, apesar de o hábito de tomar café ainda ser incipiente no país em detrimento do consumo de chás.
O CEO da Luckin Coffee, Jinyi Guo, afirmou que o acordo é símbolo da boa relação entre Brasil e China. “O consumo de café está crescendo no mercado chinês. É um mercado de 1,4 bilhão de consumidores, mas a média de consumo e de dez copos por ano. Há espaço para crescimento”, afirmou.
Jinyi destacou ainda a qualidade do café brasileiro. “O Brasil produz grãos de alta qualidade e tem técnicas avançadas que atendem a nossa demanda”, observou. Segundo ele, a rede de cafeterias chinesa também vai investir em um escritório no Brasil e em centro de apoio para cafeicultores brasileiros.
Por Isadora Duarte e Amanda Pupo
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