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Lucro da Vittia cai 21% no 3º trimestre para R$ 45,8 milhões

A fabricante de insumos e defensivos biológicos Vittia reportou lucro líquido de R$ 45,8 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 21% em relação a igual período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 7,7%, totalizando R$ 83,2 milhões, com uma margem de 26,9%, retração de 4 pontos porcentuais na comparação anual. A receita líquida, no entanto, subiu 6,2%, somando R$ 309,4 milhões no trimestre.

Segundo o diretor financeiro da Vittia, Alexandre Frizzo, os resultados foram afetados negativamente pela estiagem que atingiu o Brasil em setembro, comprometendo a performance esperada para o mês.

“Setembro teve um resultado muito decepcionante devido à seca. As queimadas em áreas de cana-de-açúcar e o atraso no plantio de soja, especialmente em Mato Grosso, travaram o mercado”, disse Frizzo.

O segmento de biológicos, considerado estratégico para a empresa, registrou queda de 23,1% na receita, fechando o trimestre com R$ 73,5 milhões. Frizzo explicou que a competição aumentou pela necessidade das empresas de fecharem negócios iniciais, o que pressionou ainda mais o mercado de inoculantes para a soja. “O mercado travou com o atraso no plantio da soja, que é o principal momento para o uso de inoculantes”, comentou.

Apesar do desempenho abaixo do esperado no trimestre, ele destacou que a linha de defensivos biológicos mantém crescimento no acumulado do ano.

Em contraste, o segmento de fertilizantes foliares e produtos industriais da Vittia teve alta de 26,5%, alcançando R$ 157,2 milhões. Como esses produtos são aplicados no solo antes do plantio, o impacto da seca foi menor. “Fomos agressivos para ganhar negócios onde temos mais competitividade de preço”, afirmou Frizzo.

A alavancagem financeira da Vittia encerrou o período em 0,9 vez o Ebitda dos últimos 12 meses, mesmo com os gastos em recompra de ações e proventos. No acumulado do ano, a receita da empresa apresentou crescimento de 3,5%. “Independentemente da seca em setembro, este já era um ano de maior conservadorismo do produtor. Não é um ano de alta para o mercado, não é um ano de otimismo”, concluiu.

Por Gabriel Azevedo

Estadão Conteúdo

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