O Nubank anunciou nesta quarta-feira, 13, lucro líquido de US$ 553,4 milhões no terceiro trimestre de 2024, aumento de 107% em relação ao mesmo período do ano passado, livre dos efeitos de câmbio. O lucro ajustado somou US$ 592 milhões. O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 30%, nível recorde. A fintech fechou setembro com 110 milhões de clientes, expansão anual de 23,6%.
O fundador e CEO do Nubank, David Vélez, atribui em comentário no balanço a melhora dos resultados ao aumento dos clientes e, mais importante, aos atuais correntistas do banco digital usando mais seus produtos e serviços. Com isso, as receitas somaram US$ 2,9 bilhões no trimestre, expansão de 56%, considerando uma comparação livre dos efeitos de câmbio.
Já a inadimplência do banco teve nova alta, considerando os atrasos acima de 90 dias. O indicador subiu de 7% do segundo trimestre para 7,2%. Há um ano, estava em 6,1%. Já a inadimplência mais curta, abaixo de 90 dias, caiu levemente, de 4,5% do segundo trimestre para 4,4%.
O diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago, ressalta que os indicadores de inadimplência estão com comportamento dentro do esperado. A alta do indicador acima de 90 dias é reflexo, segundo ele, do aumento das taxas para períodos mais curtos em trimestres anteriores, e que agora tiveram ligeira queda, o que pode sinalizar para a estabilização da inadimplência mais longa.
A carteira de crédito chegou a US$ 20,9 bilhões em setembro, alta anual de 35,7% – ou 47% livre dos efeitos de câmbio.
No trimestre, foram originados R$ 15,9 bilhões em crédito pessoal. Desse total, R$ 2,5 bilhões em consignado, a linha mais recente que o banco passou a operar. No segmento, a expansão foi de 39% ante o segundo trimestre.
“O lucro está subindo a uma velocidade mais rápida que a receita, significa que a rentabilidade está aumentando”, disse Lago. O ROE só da operação brasileira ficou em 50%. Em outros segmentos, o Ultra Violeta, para alta renda, dobrou o número de clientes.
Em clientes, o Nubank adicionou 5,2 milhões de novas pessoas no trimestre. No México, chegou perto de 9 milhões de pessoas, e quase US$ 4 bilhões em depósitos. Na Colômbia, tem 2 milhões de clientes, dos quais US$ 1 bilhão em depósitos.
Nas margens, a receita financeira líquida de juros (NII, na sigla em inglês) aumentou 63% na comparação anual, para US$ 1,7 bilhão. A margem financeira líquida (NIM, na sigla em inglês) caiu 140 pontos de forma sequencial para 18,4% neste trimestre. A redução foi impulsionada pela combinação de três fatores: juros da carteira de cartões de crédito diminuíram, refletindo melhorias tanto nos produtos quanto no risco do mix de clientes; juros
dos empréstimos diminuíram devido ao aumento na proporção de empréstimos garantidos; custos de captação foram pressionados pelo aumento nos depósitos no México e na Colômbia, de acordo com o balanço.
Por Altamiro Silva Junior
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