A Cúpula do Clima das Nações Unidas, COP-29, tem início na segunda-feira, 11, em Baku, no Azerbaijão. A conferência da ONU sobre a mudança climática vai reunir líderes de governo de mais de 200 países com o propósito de discutir as medidas necessárias para limitar o aquecimento do planeta a 1,5º C, como determina o Acordo de Paris.
Além disso, os países vão negociar quem deve pagar a conta e haverá nova tentativa de chegar a um acordo nesse tema que tem sido arrastado pelas últimas COPs.
No momento, as perspectivas não são nada boas. Um relatório divulgado em outubro pela Organização Meteorológica Mundial da ONU apontou que, em 2023, o planeta alcançou a maior concentração de gases estufa do período pós-industrial, iniciado em 1850.
De acordo com os cientistas, esse aumento, ligado às atividades humanas, é o causador do aquecimento global. Ultrapassar o limite de 1,5ºC acima da temperatura global na era pré-industrial abre as portas para impactos catastróficos nos ecossistemas, na vida humana e na estabilidade econômica mundial.
A COP 29 é especialmente importante para o Brasil, porque antecede a conferência que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. O que não for decidido em Baku deve ser discutido no evento realizado aqui no país no ano que vem.
O Brasil vai dar conta do desafio de liderar a agenda ambiental nos próximos anos? Os países ricos e os emergentes vão chegar a um acordo sobre quanto dinheiro deve ser usado para enfrentar o aquecimento global? Assista ao vídeo:
O Brasil entregará em Baku uma nova meta climática. O País assume o compromisso em reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa de 59% a 67% em 2035, na comparação aos níveis de 2005.
Isso equivale, segundo o governo, a uma redução de emissões para alcançar os limites de 1.050 a 850 milhões de toneladas de gás carbônico em 2035. A meta do País para limitar gases do efeito estufa é chamada de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).
Especialistas, no entanto, acharam que a nova meta climática ficou abaixo do necessário.
Por Juliana Domingos de Lima
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