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Tenda tem lucro líquido de R$ 76,2 milhões no 3º trimestre, revertendo prejuízo

A Tenda, uma das maiores construtoras do País, com foco no Minha Casa Minha Vida (MCMV), teve lucro líquido consolidado de R$ 76,2 milhões no terceiro trimestre de 2024. O resultado representa uma reversão frente ao prejuízo de R$ 23,8 milhões no mesmo período de 2023.

A melhora no resultado da construtora veio após ampliar o faturamento com as vendas de imóveis e conseguir diluir custos, o que levou à melhora das margens. Além disso, houve melhora nas despesas com juros.

A divisão de negócios Tenda (baseado em empreendimentos em concreto) teve um lucro de R$ 92,1 milhões, também revertendo prejuízo de R$ 10,3 milhões na mesma base de comparação anual. A margem bruta ajustada foi de 34,1%, alta de 9,2 pontos porcentuais. A companhia destacou que, apesar do aumento do INCC, teve economia de obra de R$ 4,1 milhões decorrentes de ganho de eficiência na engenharia e gestão.

A divisão Alea (negócio em fase de expansão, baseado em estruturas pré-moldadas de madeira) gerou prejuízo de R$ 15,9 milhões, que foi 23,1% maior na comparação anual. A margem bruta de Alea foi de 10,4%, alta de 5,5 pontos porcentuais.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado e ajustado somou R$ 150,8 milhões no trimestre, avanço de 167%. A margem Ebitda ajustada chegou a 16,5%, aumento de 9,4 pontos porcentuais.

O critério ajustado exclui juros capitalizados, despesas com planos de ações e minoritários.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 912,1 milhões, patamar recorde, expansão de 16%, em função do aumento do número de apartamentos vendidos e também do crescimento do preço médio por unidade.

Além disso, construtora teve redução de 42% nas provisões para devedores duvidosos (PDD), que ficou em R$ 12,2 milhões; e contou com um crédito tributário de R$ 10,2 milhões.

As despesas gerais e administrativas consolidadas aumentaram 8,9%, totalizando R$ 61,1 milhões. Já as despesas com vendas subiram 22,6%, para R$ 75,7 milhões, devido ao aumento da atividade. Em termos relativos, houve diluição, representando 4,9% das vendas, recuo de 1,9 ponto porcentual.

A margem bruta consolidada e ajustada bateu em 32,2%, avanço de 8,1 p.p., como reflexo do aumento da receita e redução dos custos. A margem do resultado dos exercícios futuros (margem REF) foi estimada em 38,3%.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 19,8 milhões, recuo de 28,6% na comparação anual.

O grupo reportou geração de caixa operacional de R$ milhões. No fim do trimestre, a Tenda tinha R$ 738 milhões em caixa. A dívida líquida foi a R$ 432,4 milhões, redução de 4,6% em um ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) caiu para 45,2%, baixa de 5,1 pontos porcentuais.

Lançamentos e vendas

A Tenda teve recorde de lançamentos e vendas no período, conforme relatório operacional já divulgado. O cenário decorre do momento favorável dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV), bem como de contratações de projetos no programa da Prefeitura de São Paulo, chamado Pode Entrar.

O volume consolidado de lançamentos do grupo foi de R$ 2,150 bilhões no terceiro trimestre de 2024, mais que o dobro do mesmo período de 2023. Já as vendas líquidas consolidadas subiram 68%, para R$ 1,554,6 bilhão.

Por Circe Bonatelli

Estadão Conteúdo

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