Quando resolveu pôr agentes nas ruas no encalço do desembargador Ivo de Almeida, afastado do Tribunal de Justiça de São Paulo por suposta venda de sentenças, a Polícia Federal batizou a investigação em razão de senhas que teriam sido usadas pelos investigados para se referir a propinas: “carnes”, “picanha”, “chefe da oficina”, “mecânico”, “carro” e “churrasco”.
Os investigadores confrontaram o magistrado sobre o uso das cifras “mecânicos” e “oficina” em conversas e ouviram dele que seria apenas uma referência à troca da caixa de câmbio de seu Vectra 2009. Ivo negou que as palavras fossem senhas para propina. Para a defesa, o indiciamento é “arbitrário e ilegal”. “Depoimentos e as perícias (…) demonstram que ele (Ivo) foi vítima de um ex-amigo que vendia ilusões valendo-se do nome e do prestígio do magistrado”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Fausto Macedo e Pepita Ortega
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