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Correção: Saldo líquido de novas empresas em SP aumenta 47% em setembro na comparação anual

Na matéria publicada na segunda-feira, 21, no período da noite, constava no terceiro parágrafo que os novos Microempreendedores Individuais (MEI) estavam inclusos no saldo líquido de novas empresas. Porém, a informação está incorreta. O trecho foi retirado. Segue abaixo a nota corrigida.

O saldo líquido de novas empresas no Estado de São Paulo aumentou 47% em setembro deste ano na comparação anual, totalizando 21.663. O valor é o quarto recorde de 2024 e representa um acréscimo de 7,7% em relação a agosto, última marca histórica, de 20.107. Os dados são da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do governo paulista.

O saldo líquido é calculado a partir da diferença entre empresas criadas e fechadas no período e é usado como indicador da dinâmica do empreendedorismo local.

Segundo Antonio André Neto, coordenador Acadêmico do MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios da FGV, alguns “vetores” impulsionaram o crescimento do resultado líquido de novas empresas. O primeiro, segundo ele, é a dificuldade dos indivíduos na casa dos 30 anos de encontrar emprego. Ainda de acordo com o especialista, o mesmo vale para pessoas com 50 anos ou mais que enfrentam o obstáculo do etarismo para encontrar um trabalho e recorrem à criação de um negócio.

Para Neto, outra explicação é a expansão de franquias. Ele explica que o modelo de negócio “reduz muito o risco do empreendedor”, porque “o franqueador transfere todo o conhecimento e expertise que ele tem, para o franqueado”.

O presidente da Jucesp, Marcio Shimomoto, disse que a facilitação no processo burocrático de abertura de novas empresas junto ao órgão também tem contribuído para o aumento no resultado líquido. Em 2023, o tempo médio de abertura era de 3 dias e, agora, diminuiu para 1.

Medidas de incentivo do governo podem ser outra justificativa para os recordes no dado, observa Carla Beni, economista e professora de MBAs da FGV. “Você tem uma parte da população que quer abrir um novo negócio, mas precisa de estímulo, precisa de redução de burocracia e de linhas de crédito mais baratas do que as do mercado”.

Cidades e atividades que lideram

As cidades de São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos são as que lideram o ranking, com os maiores saldos líquidos, assim como constituições – quando há a solicitação junto a um órgão competente para a criação de um empreendimento. Shimomoto, afirma que, como a capital paulista contem 33% dos CNPJs do Estado, naturalmente é onde se concentra a maior quantidade de criação de empresas. Proporcionalmente, observa ele, o saldo líquido de empresas da capital paulista cresce “bem mais do que outros municípios”.

A cidade de São Paulo concentra a maior abertura de novos empreendimentos, assim como o saldo líquido, por conta do mercado consumidor e do ticket médio, avalia Carla Beni. “Você busca sempre abrir um comércio onde você tem para quem vender”, diz.

Nas três primeiras cidades, os tipos de empreendimentos que aparecem na frente no que se refere à quantidade de constituições em setembro são comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas; atividades administrativas e serviços complementares; e atividades profissionais, científicas e técnicas. No caso de São José dos Campos, a única diferença está no terceiro lugar, em que se destaca o setor de saúde humana e serviços sociais. Shimomoto explica que historicamente o comércio varejista é o setor que mais tem demandas de abertura.

Por Letícia Naome

Estadão Conteúdo

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