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Lucro da Camil Alimentos avança 153,4% no 2º trimestre fiscal de 2024, a R$ 118,8 mi

A Camil Alimentos, multinacional de origem brasileira, obteve lucro líquido de R$ 118,8 milhões no segundo trimestre fiscal de 2024, encerrado em agosto, informou na quinta-feira, 10, a empresa, depois do fechamento do mercado financeiro. O resultado representa alta de 153,4% ante igual período do ano passado, quando a companhia registrou lucro líquido de R$ 46,9 milhões. O lucro por ação atingiu R$ 0,34 no segundo trimestre. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.

Já a receita líquida aumentou 12,1%, de R$ 2,910 bilhões para o recorde de R$ 3,262 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2024. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 9,6%, para R$ 2,357 bilhões. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida também 19% maior, de R$ 904,4 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 35,4% na mesma comparação, de R$ 212,4 milhões para R$ 287,6 milhões. Já a margem Ebitda avançou 1,5 ponto porcentual do segundo trimestre fiscal de 2023 para o segundo trimestre fiscal deste ano, encerrando o período em 8,8%.

A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o segundo trimestre fiscal de 2024 em 3,5 vezes ante 3,4 vezes de igual período do ano fiscal anterior. No período, a companhia investiu (Capex) R$ 66,5 milhões, 130% mais que no segundo trimestre fiscal de 2023.

No comunicado divulgado aos investidores, o diretor presidente da Camil, Luciano Quartiero, destacou que a receita líquida foi recorde no período e que o Ebitda da empresa em doze meses passou pela primeira vez de R$ 1 bilhão. “Mantemos o otimismo ao observar as oportunidades de expansão nos resultados das novas operações e o potencial de crescimento das categorias de alto valor para os nossos negócios”, afirmou Quartiero.

Ainda como destaques do segundo trimestre do ano fiscal de 2024, Quartiero citou o lançamento da linha de massas da Camil em São Paulo, a entrada no mercado de café gourmet com a marca União e o avanço para entrada no mercado paraguaio de arroz.

Vendas

A Camil Alimentos comercializou, no segundo trimestre fiscal de 2024 encerrado em agosto deste ano, 5,7% menos volume em produtos em comparação com igual período do ano passado. Foram 593,6 mil toneladas contra 629,5 mil toneladas do segundo trimestre fiscal de 2023.

A queda foi puxada sobretudo pelo recuo de 8,1% no volume comercializado no segmento internacional, de 187,9 mil toneladas. No Brasil, o volume comercializado pela empresa cedeu 4,5% na comparação anual do segundo trimestre, para 405,7 mil toneladas.

No Brasil, que representou 68% do volume comercializado pela Camil, o total de vendas do segmento de alto giro, formado por arroz, feijão e açúcar, foi 6% menor, para 357,6 mil toneladas.

Já o volume vendido na divisão de alto valor, formado por pescados, massas, café e biscoitos, aumentou 8,5%, para 48,9 mil toneladas. O preço líquido do segmento de alto giro no Brasil avançou 26,3%, para R$ 4,90 por quilo, enquanto o preço líquido médio do segmento de alto valor cresceu 7,1%, para R$ 13,06 por quilo.

No mercado internacional, que representou 32% do total comercializado pela companhia no trimestre, apesar da queda de 8,1% no volume, houve aumento de 21,8% no preço líquido, para R$ 4,81 por quilo ao fim do segundo trimestre de 2023.

Em comunicado a investidores, a empresa atribui a queda anual de 5,7% no volume total comercializado à redução no segmento de alto giro e no segmento internacional, que foi parcialmente compensado pelo aumento de volumes em alto valor.

“No cenário de alto giro no Brasil, na comparação sequencial, o crescimento na categoria ocorreu devido a maiores volumes de grãos, com maiores compras por parte dos varejistas no período. Esse resultado foi impulsionado pelo descasamento da colheita de arroz este ano, alocando uma maior sazonalidade usualmente concentrada no primeiro trimestre de 2024 para o segundo trimestre deste exercício”, disse o diretor presidente da empresa, Luciano Quartiero. “Em açúcar, atingimos maiores volumes de vendas internas no ambiente de varejo, compensado por maiores exportações de açúcar na base comparativa do segundo trimestre do ano fiscal de 2023”, observou o CEO.

Na categoria de alto valor, Quartiero ressaltou que a companhia vê uma boa rentabilidade em massas e crescimento contínuo em volumes de vendas de café e avanço sequencial em biscoitos. “Em relação a pescados, apresentamos crescimento anual, porém com redução sequencial dada a sazonalidade da categoria no primeiro trimestre do ano, que afetou os resultados do alto valor de forma sequencial”, observou.

Por Isadora Duarte

Estadão Conteúdo

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