As bolsas de Nova York fecharam em queda, diante do aumento das tensões no Oriente Médio e sob expectativa de que os novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) deem alguma pista dos próximos cortes de juros nos Estados Unidos.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,94%, aos 41.954,24 pontos. O S&P 500 caiu 0,96%, aos 5.695,94 pontos e o Nasdaq regrediu 1,18%, aos 17.923,90 pontos.
Diante de temores de desaceleração econômica nos EUA e do agravamento das tensões geopolíticas, Wall Street está cético com a temporada de resultados no terceiro trimestre de 2024, que deve começar a partir de amanhã. O ceticismo fez com que analistas cortassem suas projeções para os lucros das empresas mais do que o normal para a próxima temporada, que deve testar o mercado acionário perto das eleições presidenciais. Já os insiders – aqueles que fazem parte de um grupo exclusivo ou possuem informações privilegiadas – têm sido relutantes em abocanhar ações de suas empresas.
Ao longo da semana estão previstos os balanços trimestrais de gigantes bancários como JPMorgan e Wells Fargo, além de novos dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA. Já os discursos de dirigentes do Fed devem ajudar a pavimentar as expectativas depois de o relatório payroll ter enterrado as chances de um novo corte de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros.
As ações da Trump Media & Technology saltaram 11,5% hoje, após o ex-presidente e acionista majoritário da companhia, Donald Trump, realizar comício acompanhado de Elon Musk no último sábado. Os papéis da mineradora americana Arcadium Lithium avançaram 35%, em meio a negociações com a Rio Tinto.
A Chevron teve alta de 0,25% depois de a companhia anunciar acordo para vender suas participações em ativos de areias betuminosas e xisto para a Canadian Natural Resources, por US$ 6,5 bilhões.
Após duas semanas de impasse, a Boeing disse que retomará as negociações salariais com seu maior sindicato, o que fez as ações subirem 0,59%. Já a Amazon.com Inc. caiu 3% depois de um raro rebaixamento de analista que citou preocupações sobre as tendências de margem para 2025.
*Com informações da Dow Jones Newswires
Por Thais Porsch*
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