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Reeleito no Rio, Paes tem vice ‘plano B’, prometeu Ozempic e criticou governador

Vencedor do 1º turno na eleição do Rio de Janeiro, neste domingo, 6, Eduardo Paes (PSD) obteve 60,34% dos votos para o seu 4º mandato como prefeito, ainda com 95% das urnas apuradas. Paes derrotou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que, apoiado por Jair Bolsonaro, recebeu 30,99% dos votos. Tarcísio Motta (PSOL) ficou em 3º lugar, com 4,16% dos votos.

Prefeito do Rio entre 2009 e 2017, Paes foi candidato a governador do Estado em 2018, mas perdeu para Wilson Witzel. Em 2020, retomou a Prefeitura, ao vencer Marcelo Crivella. Paes é cotado para concorrer a governador em 2026, mas nega a possibilidade.

Paes teve apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Seu vice é Eduardo Cavaliere (PSD), que foi o seu secretário da Casa Civil até junho.

Cavaliere foi escolhido como um “plano B”, após o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) ter pedido para que não fosse mais considerado possível vice-prefeito de Paes. Conforme mostrou o Estadão, Pedro Paulo quis evitar a exploração de um suposto vídeo íntimo durante a campanha.

Na TV, Paes prometeu ampliar os programas “Morar Carioca”, que constrói moradias populares, e “Bairro Maravilha”, voltado para o saneamento, o asfaltamento, a drenagem e a iluminação pública. Ele disse ainda que acolherá mais sete mil pessoas em situação de rua e que criará o “Restaurante Popular Carioca”.

Recentemente, o prefeito chamou a atenção por prometer o fornecimento gratuito do Ozempic, medicamento de combate a diabetes e usado para o emagrecimento.

Paes também se defendeu, na TV, no campo da segurança pública, após Ramagem ter dito que a violência seria o principal problema da cidade. O prefeito culpou o governador, Cláudio Castro (PL), do mesmo partido que Ramagem, pelos reflexos da criminalidade.

“As prefeituras não possuem os recursos nem os meios para resolver esse problema. É o governo do Estado, que comanda as polícias e que cuida do policiamento das ruas”, disse. “Sem uma gestão competente da polícia pelo governo do Estado, nada disso adianta.”

Por Victor Ohana, Iander Porcella e Gabriel Hirabahasi

Estadão Conteúdo

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