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Aneel aprova projeto-piloto da Light prevendo cashback para até 10 mil unidades consumidoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira, 24, a execução de um “Sandbox Tarifário” proposto pela Light no prazo de 36 meses e com a participação prevista de 10 mil unidades consumidoras. O projeto busca, como finalidade, reduzir perdas e inadimplência a partir de incentivos como o cashback.

Pela proposta, haverá uma divisão entre consumidores regulares (aqueles que já estão em conformidade com as normas de consumo e pagamento) e consumidores irregulares (identificados com práticas irregulares nos últimos 24 meses e regularizados recentemente).

Para o primeiro grupo será aplicado o sistema de faturamento fixo e o cashback em caso de pagamento regular da tarifa – com o monitoramento do impacto de incentivo. O faturamento fixo prevê que os valores das faturas não variam de acordo com o consumo mensal. Na prática, há previsibilidade tanto para a empresa quanto para os consumidores.

Para o segundo grupo (irregulares) será aplicado o mesmo sistema de faturamento fixo, com monitoramento do impacto dos incentivos de cashback tanto na redução de reincidência de práticas irregulares como no caso da adimplência.

“Além disso, são previstas outras técnicas de economia comportamental como um programa de valorização do cliente e o atendimento personalizado”, cita a Aneel, ao detalhar o projeto.

O conselho de Consumidores da Light formalizou manifestação favorável ao projeto ao demorar “compreensão quanto ao grave problema da inadimplência elevada”. O Conselho também expressou preocupação para que a Light consiga demonstrar que os resultados do experimento “não se traduzirão na elevação de tarifas nem em subsídios cruzados dos consumidores regulares para os irregulares”.

O projeto está no âmbito da previsão normativa da Aneel em incentivar o faturamento diferenciado pelas concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica.

“A proposta demonstra grande potencial para subsidiar iniciativas que promovam a regularização e adimplência de consumidores na área de concessão da Light, e aborda possivelmente o principal desafio atual da empresa”, aponta o órgão regulador.

O projeto, pelo planejamento apresentado, está dividido em três fases. A primeira envolve a coleta de dados, pesquisa exploratória, identificação de padrões de consumo, capacidade de pagamento dos consumidores, e treinamento das equipes da Light.

As outras duas fases incluem a aplicação do sistema de faturamento fixo e incentivos, monitoramento contínuo do consumo e da adimplência dos consumidores, bem como análise de resultados e ajustes. Os custos do projeto totalizam R$ 24,5 milhões, pela estimativa.

Por Renan Monteiro

Estadão Conteúdo

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