A Petrobras informou que assinou hoje dois novos contratos com a TechnipFMC para aquisição de equipamentos submarinos e dutos flexíveis, no valor de aproximadamente R$ 2,9 bilhões.
O objetivo dos contratos, informou a estatal, é viabilizar a produção dos campos de Búzios, Libra, Tupi, Atapu, Sépia e Roncador, no pré-sal das bacias de Santos e Campos. Essa produção vem aumentando nos últimos anos e deve escalar mais ainda até o fim da década.
Segundo a Petrobras, a fabricação dos equipamentos terá início no terceiro trimestre de 2024, sempre no Rio de Janeiro. Eles serão fabricados no Parque Industrial da TechnipFMC às margens do trecho da Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, e na sua fábrica de flexíveis no Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no norte do Estado do Rio. Já as demandas de serviço serão atendidas nas fábricas da empresa em Macaé (RJ) e no Porto do Açu.
Conteúdo local
Os contratos da Petrobras com a TechnipFMC preveem conteúdo local mínimo de até 55% para fabricação dos equipamentos e 40% para prestação de serviços.
Ainda assim, diz a Petrobras, a TechnipFMC pretende superar esses porcentuais, atingindo aproximadamente 60% durante a vigência dos contratos.
A questão do conteúdo local é cara à atual gestão da Petrobras e ao governo federal, que atribui papel estratégico à empresa no que vem chamando de reindustrialização para o crescimento econômico do País.
Detalhamento
Um dos acordos firmados com a TechnipFMC prevê o fornecimento de até 19 Árvores de Natal Molhadas (ANMs), cinco Unidades de Distribuição Eletro-Hidráulicas (UDEHs) com equipamentos sobressalentes e serviços associados de assistência técnica, instalação, intervenção, preservação e manutenção dos equipamentos.
Já o contrato de linhas flexíveis prevê o fornecimento de até 27,9 quilômetros de dutos flexíveis do tipo Riser para injeção de gás com acessórios e serviços associados de armazenagem, assistência técnica, supervisão, montagem e logística.
Árvores de Natal controlam o fluxo de petróleo e gás em poços submarinos, garantindo operações seguras e eficientes. E os risers de injeção de gás, também encomendados, permitem que o gás seja injetado no poço para aumentar sua pressão e, tão logo, a produção dos campos, permitindo uma extração mais eficiente de óleo bruto e reduzindo a emissão de carbono associada.
Em nota, a Petrobras diz que os equipamentos envolvidos nos contratos são essenciais para a “produção e desenvolvimento ideais” dos reservatórios de óleo e gás offshore.
Por Gabriel Vasconcelos
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