A Vale esclareceu nesta quinta-feira, 5, que o valor de US$ 30 milhões mencionado mais cedo, em anúncio do Vale Ventures de investimento na Mantel, é referente a todo investimento recebido pela Mantel, e não apenas da Vale.
Na manhã desta quinta, o Vale Ventures, iniciativa de Corporate Venture Capital da Vale, anunciou um investimento na startup Mantel, que tem sede em Boston (EUA) e é proprietária de uma tecnologia de captura de carbono.
Segundo a mineradora, o objetivo é acompanhar de perto e apoiar o desenvolvimento da startup, cuja tecnologia tem potencial de contribuir para a descarbonização da indústria pesada, incluindo os setores de mineração e siderurgia.
Conforme o esclarecimento da Vale, o investimento em uma fatia minoritária foi realizado na Série A da start-up, que arrecadou um total de US$ 30 milhões.
Foi o terceiro investimento já anunciado pelo Vale Ventures, que em 2022 comprometeu um capital de US$ 100 milhões para ser investido no desenvolvimento de soluções disruptivas para a cadeia de mineração e metais.
Além da Mantel, a iniciativa já anunciou a aquisição de participações na Boston Metal, startup que desenvolve soluções para a descarbonização da produção de aço, e na Allonnia, de biologia transformacional.
A Mantel foi fundada em 2022 no Departamento de Engenharia Química do Massachussets Institute of Technology (MIT) e utilizará o financiamento captado para implementar uma planta de demonstração com capacidade de capturar 1.800 toneladas de CO2 por ano, preparando o caminho para a implantação comercial em grande escala dos sistemas de captura de carbono de alta temperatura.
Em laboratório, a tecnologia da empresa já demonstrou ser possível realizar a captura de carbono de 0,5 tonelada por dia.
“A tecnologia de captura de carbono da Mantel, quando estiver disponível, pode viabilizar a produção de ferro e aço com zero emissão, mesmo com o uso de gás natural como fonte energética na rota de redução direta”, explica em nota Bruno Arcadier, head do Vale Ventures.
A Vale explica que a captura de carbono envolve a coleta de CO2 produzido por grandes fontes, como usinas siderúrgicas, instalações de energia e refinarias, entre outras. O CO2 capturado é comprimido, transportado e usado para diversas aplicações ou armazenado no subsolo, evitando sua liberação na atmosfera.
A Mantel utiliza boratos fundidos, materiais de captura de carbono em fase líquida a altas temperaturas, para capturar CO2 na fonte de emissão, reduzindo os custos da captura em mais da metade em comparação com as tecnologias convencionais baseadas em amina, o que ajuda a tornar economicamente viável a instalação da tecnologia.
“À medida que mais equipamentos de captura de carbono forem instalados, espera-se mais investimentos em infraestrutura sejam gerados, reduzindo ainda mais os custos de captura, transporte e armazenamento de carbono” diz a mineradora.
Por Beth Moreira
A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…
A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…
O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…
A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…