A China Vanke teve um prejuízo líquido no primeiro semestre devido à queda nas vendas de casas, tornando-se a mais recente vítima da crise imobiliária que já dura anos na China. A empresa atribuiu as perdas a um declínio na escala e na margem de lucro bruto em seu negócio de desenvolvimento de propriedades, provisões de redução ao valor recuperável e perdas financeiras.
A incorporadora vinculada ao Estado, sediada em Shenzhen, registrou um prejuízo líquido de 9,85 bilhões de yuans no primeiro semestre de 2024, equivalente a US$ 1,39 bilhão, em comparação com um lucro de 9,87 bilhões de yuans no período do ano anterior, informou na última sexta-feira, 30. O resultado foi mais amplo do que previsão da própria Vanke para um prejuízo líquido na faixa entre 7,0 bilhões de yuans e 9,0 bilhões de yuans.
A receita também caiu 29% no primeiro semestre, para 142,78 bilhões de yuans, à medida em que vendas contratadas da incorporadora chinesa caíram 25% em relação ao ano anterior.
A Vanke tomou novos empréstimos de bancos estatais para aliviar sua pressão de liquidez e reforçar suas finanças. A empresa levantou e refinanciou 61,2 bilhões de yuans no primeiro semestre do ano, segundo o documento. Na semana passada, a incorporadora solicitou um empréstimo combinado de 1,085 bilhão de yuans (aproximadamente US$ 152,5 milhões) a dois dos bancos estatais chineses em Shenzhen.
Depois de pagar US$ 612,6 milhões de seus títulos offshore com vencimento em junho deste ano, a Vanke está entre as poucas grandes incorporadoras que ainda não entraram em inadimplência.
A Vanke, cujo maior acionista é uma operadora estatal de metrô, é uma das principais opções de imóveis para muitos analistas em meio aos esforços intensos do governo chinês para resgatar o setor imobiliário, com Pequim recentemente incentivando os governos locais a comprar apartamentos em excesso e transformá-los em moradias públicas.
Para o segundo semestre, a Vanke disse que pretende garantir a entrega de suas 188 mil unidades de imóveis e pagar as dívidas públicas dentro do prazo. A empresa já havia dito anteriormente que pretende reduzir a dívida com juros para aproximadamente US$ 14 bilhões, de cerca de US$ 44 bilhões, até o final de 2025. Fonte: Dow Jones Newswires.
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