O Nubank anunciou lucro líquido de US$ 487 milhões no segundo trimestre de 2024, crescimento de 116% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado aumentou para US$ 563 milhões, expansão de 114%. A melhora dos números foi puxada pelo expansão das receitas e das operações de crédito, mas a inadimplência também subiu.
O banco digital informou ter fechado junho com 105 milhões de clientes, enquanto a taxa de inadimplência para atrasos acima de 90 dias saltou para 7%, de 5,9% no segundo trimestre de 2023. O retorno sobre o patrimônio (ROE, em inglês) anualizado terminou junho em 28% ou 33%, considerando o resultado ajustado, ambos entre os maiores do setor.
“Nossos resultados do segundo trimestre de 2024 reafirmam a força do nosso modelo de negócios, a eficiência da nossa execução e a resiliência da nossa concessão de crédito”, afirma no balanço o fundador e CEO do Nubank, David Vélez. Ele ressalta que o recente lançamento de contas correntes no México e na Colômbia gerou depósitos de US$ 3,3 bilhões e US$ 220 milhões, respectivamente. “Isso alimenta nossas expectativas de crescimento nessas operações”, completou.
As receitas do banco digital, incluindo as operações no México e Colômbia, somaram US$ 2,8 bilhões, aumento de 65% em 12 meses. Já a carteira de crédito que rende juros, que inclui operações como crédito pessoal e cartão de crédito, subiu 81%, para US$ 9,8 bilhões. A receita líquida de juros aumentou 77% em um ano, para US$ 1,7 bilhão no segundo trimestre.
“Foi um trimestre de recordes”, disse ao Broadcast o diretor financeiro do Nubank Guilheme Lago. Foi a maior receita trimestral da história do Nubank e também a maior margem bruta, além de superar os 100 milhões de clientes. “São pouquíssimas fintechs globais que têm mais do que 100 milhões de clientes.”
A margem financeira líquida aumentou 1,5 ponto porcentual em um ano, para 19,8%. A receita média mensal por cliente ativo (Arpac, na sigla em inglês) atingiu US$ 11,20 no segundo trimestre.
Dos 105 milhões de clientes, 95,5 milhões estão no Brasil. No México, o banco digital conseguiu 1,2 milhão de novos clientes no trimestre, atingindo um total de 7,8 milhões no final de junho. Na Colômbia, chegou a quase 1,3 milhão de clientes.
Por Altamiro Silva Junior e Matheus Piovesana
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