O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP) se manteve estável no mês de julho em relação a junho, atingindo 103 pontos. Na comparação com o mesmo período de 2023, o resultado também permaneceu constante, mas interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas. Os dados são do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), elaborados pela PiniOn.
Para a ACSP, o resultado mensal, apesar de ainda estar no campo otimista – acima dos 100 pontos -, não mostra uma “tendência clara”.
Em relação aos recortes socioeconômicos, de acordo com a entidade, os valores foram divergentes, com estabilidade da confiança para a classe C e redução para as classes AB e DE. A percepção das famílias melhorou em relação a emprego e renda, mas houve piora sobre as expectativas futuras dessas variáveis, “com redução na segurança do emprego”.
A ACSP observou também um aumento dos entrevistados dispostos a comprar itens de alto valor (como imóveis e carros) e bens duráveis (geladeiras e fogões), além de investir.
Cidade de São Paulo
Já o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) espelhou o resultado paulista mensal e também registrou estabilidade em julho em relação a junho, aos 94 pontos. Já na comparação interanual, o índice aumentou 1,1%, valor que interrompe seis reduções seguidas.
Na análise por classes socioeconômicas, a confiança dos consumidores das classes C e DE ficou estável e nas famílias pertencentes a AB, houve recuo.
Conforme a ACSP, as percepções sobre a situação atual melhoraram, enquanto as expectativas de emprego e renda pioraram, seguindo o padrão verificado no Estado de São Paulo. Porém, o contrário do observado entre os paulistas ocorreu na capital: a disposição para investir, assim como em comprar bens duráveis e itens de maior valor, foi menor para a maioria dos entrevistados.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, avalia que os resultados mensais paulista e paulistano não revelam uma tendência clara para a confiança dos consumidores. “Os dados podem refletir, por um lado, a crescente geração de empregos no Estado de São Paulo e, por outro, o elevado nível de endividamento das famílias que residem no Estado”, ponderou.
Por Letícia Naome
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