Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 divulgaram comunicado conjunto, nesta sexta-feira, 26, após a conclusão de encontro no Rio de Janeiro. No texto, o grupo reforça compromisso com a sustentabilidade fiscal, mas promete uma política que assegure também crescimento econômico e impulsione investimentos públicos e privados.
Desde o início da guerra da Ucrânia, a trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) não tinha conseguido chegar a um consenso para publicar um comunicado sobre as decisões do grupo.
As edições da Indonésia e da Índia ficaram com vácuo de divulgações de communiqués. Quando isso ocorre, é publicado um texto alternativo, chamado de Chairs Summary pela presidência do grupo. Trata-se, porém, de apenas um registro dos encontros, como se fosse uma espécie de ata.
Basicamente, a falta de um acordo se dá por causa da forma com que é retratada a invasão pela Rússia do país do leste europeu e os principais agentes da discórdia são, de um lado, Rússia e China (que consideram a trilha financeira do G20 um fórum inadequado para temas geopolíticos) e, de outro, União Europeia e Estados Unidos.
Para conseguir publicar o comunicado, a presidência brasileira recorreu à alternativa de desmembrar o texto, deixando as questões geopolíticas numa declaração à parte assinada apenas pelo anfitrião. A redação da nota conjunta, assim, não menciona os conflitos em Gaza e na Ucrânia.
Por André Marinho e Celia Froufe
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