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BID, Caixa, BB e BNDES anunciam ETF Amazônia Para Todos; lançamento é esperado até a COP30

Três bancos públicos brasileiros – Caixa, Banco do Brasil e BNDES – anunciaram nesta quinta-feira, 25, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a criação do ETF Amazônia Para Todos, que visa a ampliar e democratizar o financiamento de projetos sustentáveis na região da floresta.

O anúncio acontece em paralelo à reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, em hotel da zona Oeste do Rio de Janeiro. A ideia é que o fundo de índice seja lançado antes da COP-30, que terá lugar em novembro de 2025, em Belém do Pará. O investimento, que será acessível à pessoa física, terá valores a partir de R$ 100.

O vice-presidente de sustentabilidade e cidadania digital da Caixa, Paulo Rodrigo, definiu o instrumento como um “marco” no desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Isso vai democratizar o acesso a investimentos sustentáveis assim como atrair recursos nacionais e internacionais para dar apoio a projetos sustentáveis na Amazônia Legal”, afirmou.

Pelo BNDES, a diretora de Pessoas, TI e Operações, Helena Tenório, disse que a iniciativa reforça a retomada do relacionamento da instituição com Caixa e demais bancos públicos. Ela também destacou o componente de transparência presente no ETF, cujas operações e desenvolvimento serão abertos ao público em geral.

Segundo o vice-presidente de Negócios, Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, esse ETF e outras captações são fundamentais para escalar o investimento em atividades que preservam a floresta e, ao mesmo tempo, exploram recursos de maneira sustentável. Ele destacou que o BB tem uma carteira superior a R$ 360 bilhões em crédito sustentável, dos quais R$ 55 bilhões são voltados à Amazônia.

Também presente no lançamento, o presidente do BID, Ilan Goldfajn, disse que é importante não haver somente recursos públicos para a preservação da Amazônia, mas também privados, no que esse ETF pode ajudar.

Após o anúncio de hoje, de acordo com Goldfajn, as instituições envolvidas no projeto vão definir em conjunto a taxonomia que servirá de guia para os parâmetros do papel. Assim, poderão ser feitas as escolhas das empresas que atuam na região, bem como os projetos.

Parceria

Para além do anúncio da ETF, representantes das instituições públicas brasileiras reforçaram o que chamaram de volta do trabalho em conjunto dos principais bancos públicos locais. “Estamos comemorando a retomada do relacionamento com a Caixa”, disse Helena Tenório. Sasseron, do BB, também enfatizou o fortalecimento entre as instituições.

Por Gabriel Vasconcelos, Juliana Garçon e Célia Froufe, enviada especial

Estadão Conteúdo

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