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Santander Brasil tem lucro líquido recorrente de R$ 3,332 bi no 2º trimestre (+44,3% em um ano)

O Santander Brasil registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,332 bilhões no segundo trimestre de 2024, uma alta de 44,3% no comparativo anual, e de 10,3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O banco divulgou balanço trimestral nesta quarta-feira.

O salto nos resultados do Santander foi resultado de um crescimento das margens do banco, principalmente com a volta dos números da margem com o mercado ao campo positivo. A queda dos juros ajudou a reverter as perdas, dado que o balanço do Santander tem sensibilidade negativa à Selic – ou seja, quando os juros caem, as margens do banco sobem, e vice-versa.

A carteira de crédito do banco somava R$ 665,592 bilhões no final do segundo trimestre, um crescimento de 7,8% no intervalo de um ano, impulsionado pela demanda de pessoas físicas e de pequenas e médias empresas. No banco de atacado, que atende a grandes empresas, a carteira teve crescimento de 1,9%, abaixo da média do banco.

O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander avançou 4,3 pontos porcentuais em um ano, para 15,5%. Em junho, o banco tinha R$ 1,248 trilhão em ativos, alta de 13,9% em um ano. O patrimônio líquido aumentou em 4,7% em um ano, para R$ 87,955 bilhões.

“Destacamos evolução relevante no segundo trimestre de 2024 comparado ao segundo trimestre de 2023, com expansão positiva da margem de clientes, pautada por maiores volumes, com a margem de mercado em patamares positivos”, afirma o presidente do banco, Mario Leão, no informe de resultados. Ele afirma ainda que a inadimplência segue sob controle, e que a eficiência tem aumentado.

O lucro do Santander antes de impostos foi de R$ 3,907 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 95,4% em um ano. O banco pagou R$ 530 milhões em imposto de renda e contribuição social no período, contra um resultado positivo de R$ 334 milhões nesta linha no mesmo intervalo de 2023.

Receitas

A margem financeira bruta, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 14,751 bilhões, alta 3% em um ano. A alavanca foram as posições do banco no mercado, que geraram ganho de R$ 258 milhões, contra uma perda de R$ 736 milhões entre abril e junho de 2023.

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o número teve queda de 22,6%. O Santander afirma que a volatilidade do mercado, com a alta dos juros futuros ao longo do trimestre, teve influência negativa sobre os resultados da tesouraria.

Nas margens com clientes, que reflete os ganhos com empréstimos, o resultado foi de R$ 14,493 bilhões, crescimento de 3% no comparativo anual, e de 0,2% em três meses.

As receitas do banco com serviços aumentaram 17,5% em 12 meses, para R$ 5,182 bilhões, graças aos avanços em cartões, seguros e às tarifas associadas a operações de crédito.

Por Matheus Piovesana

Estadão Conteúdo

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