O diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Daniel Maeda disse nesta quarta-feira, 24, que, na sua leitura, a autarquia tem apetite para alterar a regulação e adequá-la a novas tecnologias. Para ele, o principal desafio para se avançar no tema é a falta de recursos.
“A gente reconhece que a nossa regulação, na prática, não é tão ‘agnóstica’ assim, então temos de nos debruçar, com muita boa vontade, sobre inovações que surgem”, ele disse, em um evento sobre blockchain, no Rio de Janeiro.
Segundo Maeda, o objetivo é ser “agnóstico” com relação à tecnologia, mas isso nem sempre é possível. Ele lembrou que diversas regulamentações trazem exigências voltadas para a infraestrutura da época em que foram criadas e muitas vezes não fazem sentido agora.
O diretor da CVM afirmou que, sem os recursos para avançar no tema, a principal alternativa usada pela autarquia é firmar parcerias. Maeda elogiou o Lift, iniciativa do Banco Central, e disse que tem procurado fazer projetos junto com a autoridade monetária.
“A ideia é ótima, a gente está quase para assinar um convênio sobre isso”, ele disse.
Por Cícero Cotrim
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