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Bolsas de NY: Dow Jones tem recorde, mas temor de restrição a chip tira Nasdaq de 18 mil pontos

Os índices referenciais das Bolsas de Nova York fecharam em direções distintas. O Dow Jones subiu, superou os 41 mil pontos e atingiu um novo recorde de fechamento. Por outro lado, a queda das ações das empresas de semicondutores arrastou o Nasdaq nesta quarta-feira, com perda de mais de 2%. Os investidores temem que os grandes fabricantes de chips enfrentem mais restrições comerciais nos EUA, independentemente de quem vencer as eleições presidenciais de novembro. O S&P 500 também caiu, após máxima histórica na véspera.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,59%, aos 41.198,08 pontos, novo patamar histórico. Ao longo do pregão, o índice tocou o inédito nível intradiário de 41.221,98 pontos. O Nasdaq derreteu 2,77%, fechando em 17.996,92 pontos – abaixo de 18 mil pontos pela primeira vez em pouco mais de duas semanas. O S&P 500 perdeu 1,39%, encerrando o pregão aos 5.588,27 pontos.

O mau humor no setor de tecnologia veio após relatos de que o governo dos EUA estuda aplicar restrições comerciais mais severas se empresas de chips como a ASML Holding e a Tokyo Electron continuarem dando à China acesso à tecnologia avançada de semicondutores. A China criticou essa potencial medida. Já o ex-presidente americano Donald Trump expressou descontentamento, em entrevista, com a perda da indústria de semicondutores para Taiwan.

O Nasdaq cedeu abaixo da marca de 18 mil pontos. A Nvidia despencou 6,62%, Qualcomm perdeu 8,61%, AMD teve baixa de 10,21%.

Entre as gigantes de tecnologia, Meta recuou 5,68% e Apple, 2,53%%.

O Dow Jones conseguiu se manter no campo de alta, ajudado pela UnitedHealth, que subiu 4,45% e pela Johnson & Johnson, que avançou 3,69%. A J&J superou as expectativas de lucro e vendas do segundo trimestre, ao mesmo tempo que forneceu uma perspectiva mista para o ano inteiro.

Do lado econômico, o mercado assimilou dados acima do esperado da produção industrial americana, o que motivou um ajuste nas apostas para o alívio monetário em setembro. A probabilidade caiu de 100% ontem para algo em torno de 95% hoje, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group. Já o Livro Bege e as falas de dirigentes do BC americano seguiram indicando preparativos para o alívio monetário.

* Com informações da Dow Jones Newswires

Por Patricia Lara, especial para o Broadcast*

Estadão Conteúdo

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