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Eneva compra termoelétricas do BTG e fará oferta de ações de até R$ 4,2 bilhões

A empresa de energia Eneva anunciou nesta terça-feira, 16, a assinatura de um memorando de entendimentos para a compra de participação do banco BTG em quatro usinas termoelétricas. Além disso, a empresa informou ter contratado o BTG Pactual, o Itaú BBA e o Bradesco BBI para realizar uma oferta pública de ações (follow-on). O valor proposto inicialmente é de R$ 3,2 bilhões, com a possibilidade de um lote adicional de ações, o que elevaria o valor a até R$ 4,2 bilhões.

As usinas que estão sendo adquiridas pela Eneva são Tevisa, Povoação, Gera Maranhão e Linhares. Em fato relevante, a empresa diz que as operações, se concretizadas, oferecem sinergias, ganhos de eficiência e possibilidades adicionais de crescimento para o grupo.

O memorando assinado com a Holding BTG prevê a incorporação integral pela Eneva da térmicas Tevisa (em Viana, ES) e Povoação (em Linhares, ES), por um valor total de R$ 1,765 bilhão – correspondente a R$ 611 milhões da Tevisa e R$ 1,154 bilhão da Povoação. A Tevisa tem capacidade de geração total de 212,1 MW, e Povoação, de 74,9 MW.

No caso da Gera Maranhão (em Miranda do Norte, MA, com capacidade de geração de 330 MW), a aquisição é dos 50% que o BTG detém na usina. As partes acordaram que a Eneva deverá pagar o valor de R$ 285 milhões à Holding BTG pela aquisição da participação, bem como, se for o caso, uma parcela contingente de preço em um valor que pode chegar a R$ 126 milhões.

Nos termos do atual acordo de acionistas da Gera Maranhão, os demais acionistas daquela companhia possuem direito de primeira oferta e direito de tag along com relação às ações de emissão da Gera Maranhão detidas pela Holding Participações. O preço Gera Maranhão poderá ser ajustado em decorrência dos resultados encontrados na auditoria da Gera Maranhão em andamento.

No caso da térmica Linhares (também em Linhares, ES, com capacidade de geração de até 242 MW), o negócio será fechado com o fundo FIP BDIV, gerido pelo BTG. Nos termos do Memorando de Entendimentos, as partes acertaram que a Eneva deverá pagar ao FIP o valor de R$ 206 milhões pela aquisição das Debêntures Linhares, “a ser ajustado pela curva de juros até a data de fechamento”; e R$ 650 milhões pela aquisição da Participação Linhares, “bem como, se for o caso, uma parcela contingente de preço em valor que pode chegar a R$ 103 milhões, sujeita ao êxito na antecipação do contrato de reserva de capacidade e a potencial recontratação da usina no próximo leilão de reserva de capacidade”.

Por Redação O Estado de S. Paulo

Estadão Conteúdo

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