A Anfavea, entidade que representa as montadoras, revisou nesta quinta-feira, 4, as previsões ao desempenho do setor neste ano. A expectativa para o crescimento da produção de veículos caiu de 6,2% para 4,9%. A mudança no prognóstico tem duas explicações: o tombo das exportações e o avanço dos carros importados no mercado nacional, o que faz com que a produção não acompanhe o crescimento do consumo de automóveis no País.
Apesar disso, a Anfavea prevê uma melhora do nível de produção no segundo semestre em razão da volta das fábricas de carros e de autopeças no Rio Grande do Sul, após as enchentes de maio, e do crescimento do mercado.
Após a surpresa no primeiro semestre com a reação da demanda, a projeção da Anfavea para o crescimento das vendas de veículos em 2024 subiu de 6,1% para 10,9%. Já em relação às exportações, a previsão passou a ser de queda de 20,8%. A indústria de veículos iniciou o ano prevendo leve crescimento de 0,7% dos embarques.
As variações consideram todos os segmentos da indústria: carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Se as projeções da Anfavea forem confirmadas, o setor terminará o ano com 2,44 milhões de veículos produzidos. A expectativa agora é de o mercado doméstico chegar a 2,56 milhões de unidades até o fim do ano – no primeiro semestre, já somou 1,14 milhão, com alta de 14,6%. Para as exportações, a Anfavea prevê 320 mil veículos embarcados no ano.
Por Eduardo Laguna
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