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Busca por crédito cai 1% em maio ante abril e cede 14% em relação ao 5º mês de 2023

Depois de um respiro em abril, a procura por financiamento no Brasil voltou a cair. O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) teve queda de 1% em maio em relação a abril, quando cresceu 14%. Na comparação com quinto mês de 2023, recuou 14% – o oitavo declínio consecutivo.

Entre os segmentos que compõem o INDC, o setor de serviços foi novamente o único a apresentar crescimento, desta vez de 20%, na comparação anual. A categoria também é única a não registrar queda em 2024. Já a busca por crédito no varejo recuou 22%, enquanto a demanda entre bancos e demais instituições financeiras teve retração de 12% em maio ante igual mês de 2023.

Na comparação mensal, a queda de 1% do INDC foi influenciada por bancos (-4%). Já nos demais setores – serviços e varejo – houve crescimento de 11% e 1%, respectivamente, em relação a abril deste ano.

O avanço da demanda por crédito no varejo, por sua vez, foi puxado pela categoria de supermercados, com alta de 7%, mantendo-se em elevação em todos os meses deste ano. “Historicamente, o setor varejista é o que promove maior impacto no Índice geral e, mais uma vez, os supermercados representam a única categoria com crescimento de demanda”, cita Natália Heimann, head de produtos Analytics da Neurotech e responsável pelo indicador.

O fato de só o segmento supermercadista ter tido bom desempenho sugere que, “aparentemente os consumidores seguirão cautelosos neste cenário ainda de incerteza e recuperação lenta da economia, priorizando gastos com alimentação e demais itens de necessidades básicas”, estima a executiva da Neurotech.

Aberturas

Na comparação com abril, houve quedas apenas nas categorias Lojas de Departamento (-36%) e EletroMóveis (-12%). Já os demais apresentaram altas de 24% (Vestuário), 3% (Supermercado) e 2% (Outros).

Já no confronto interanual, o desempenho foi pior. De acordo com o INDC, o ranking das categorias do varejo que apresentaram quedas em maio ante o mesmo mês de 2023 foram: Lojas de Departamento (-68%), EletroMóveis (-34%), Vestuário (-26%) e Outros (-4%).

Por Maria Regina Silva

Estadão Conteúdo

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