Os dez principais produtos industriais brasileiros concentraram 23,4% da receita líquida de vendas da indústria nacional em 2022, participação superior à fatia de 22,9% vista em 2021. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresa e Produto, divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os óleos brutos de petróleo, ou petróleo bruto, subiram da segunda posição em 2021 para a liderança do ranking de receita em 2022, com participação de 5,3% do total nacional, somando R$ 274,5 bilhões.
“O aumento da cotação do barril de petróleo contribuiu para este cenário, e fez com que o produto ganhasse uma posição no ranking”, explicou Synthia Santana, gerente de análise estrutural do IBGE, em nota oficial.
O óleo diesel, derivado de petróleo, também avançou uma posição, subindo da terceira colocação em 2021 para a segunda em 2022, com 3,9% de participação do total nacional, uma receita líquida de vendas de R$ 200,0 bilhões.
Os minérios de ferros, que lideravam o ranking de receitas em 2021, caíram para a terceira colocação em 2022, com uma fatia de 3,1%, somando R$ 159,6 bilhões.
“A perda foi influenciada pela queda nos preços internacionais provocada pela menor demanda chinesa, ainda impactada por paralisações nas fábricas devido à covid-19”, contou Santana.
Os demais produtos no ranking de 10 maiores receitas foram: carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,7 bilhões e 2,2% de participação); adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (R$ 102,8 bilhões e 2,0%); gasolina automotiva (R$ 90,3 bilhões e 1,7%); tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja (R$ 76,1 bilhões e 1,5%); álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 67,5 bilhões e 1,3%); óleos combustíveis, exceto diesel (R$ 67,0 bilhões e 1,3%); e automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500 ou menor ou igual a 3.000 (R$ 60,6 bilhões e 1,2%).
As atividades com maior participação na receita líquida de vendas da indústria foram: produtos alimentícios (17,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,9%), produtos químicos (11,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (8,5%) e metalurgia (7,4%).
Por Daniela Amorim
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