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Haddad: Do ponto de vista da Fazenda a Petrobras é vista como geradora de royalties

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse durante a cerimônia de posse da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que no ministério a estatal é vista como uma geradora de dividendos e de royalties. “A gente tem que olhar para isso”, afirmou.

A declaração foi direcionada ao coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (Fup), Deyvid Bacelar, que minutos antes havia cobrado o papel social da empresa.

“A Petrobras representa o que esperamos de uma empresa, que sabe que é uma empresa que tem que prestar conta aos seus acionistas, mas que tem papel estratégico no desenvolvimento nacional, que é o papel de qualquer grande empresa, pública ou privada”, disse Haddad, em discurso ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia.

O ministro ressaltou as oportunidades que a mudança climática irá trazer para o Brasil. “Nós temos a oportunidade de pensar na mudança climática a partir do nosso potencial competitivo, não apenas para o nosso desenvolvimento mas como exemplo de transição para os demais países que não têm os recursos naturais que o Brasil tem, e a Petrobras é a chave disso”, afirmou.

“Queria lembrar também o companheiro, nosso querido Jean Paul, que fez um trabalho com a Fazenda admirável”, afirmou em relação ao ex-presidente da petroleira Jean Paul Prates. “Nós conseguimos, a partir da nova lei de transações, permitir que empresas com capacidade contributiva pudessem se sentar à mesa e fazer acordos que promovessem o desenvolvimento da companhia e o desenvolvimento nacional”, afirmou Haddad, ressaltando que esta semana foi a primeira vez que o instrumento foi utilizado, referindo ao acordo com o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

Haddad destacou que o acordo com o Carf reduziu uma dívida tributária da estatal de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões a cerca de R$ 12 bilhões após redução do que já foi pago.

“Eu penso que a Petrobras esta semana deu um grande exemplo de como é possível fazer bem feito um trabalho entre o Estado e uma companhia da importância da Petrobras”, finalizou o ministro.

Por Denise Luna e Gabriel Vasconcelos

Estadão Conteúdo

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