Categories: Economia

CAE do Senado aprova, em votação simbólica, PL do marco dos seguros; texto vai ao plenário

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira, 18, o projeto de lei que institui um marco dos seguros no País. O objetivo da proposta é estimular investimentos privados no setor a partir da atualização de regras já previstos no Código Civil.

A proposta faz parte da agenda microeconômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é que o projeto de lei seja votado no plenário do Senado ainda nesta terça-feira.

O texto, que teve origem na Câmara dos Deputados, terá de ser encaminhado à Casa Baixa do Congresso novamente por ter sido modificada pelos senadores. O texto é relatado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). O senador alterou um dispositivo na proposta para estabelecer que a União receberá os prêmios não resgatados pelos beneficiários. Segundo ele, hoje em dia esse dinheiro acaba ficando com as seguradoras.

A proposta, alinhada com o Ministério da Fazenda, estabelece regras mais transparentes, como o prazo de 30 dias para o pagamento das indenizações em caso de sinistro e a aplicação de um questionário obrigatório e vinculante para os segurados, no qual a seguradora deve perguntar tudo o que precisa.

Segundo o Ministério da Fazenda, o texto moderniza dispositivos já previstos no Código Civil e confere reforço legal na proteção dos segurados. No entendimento do governo, o texto do código está defasado e precisa ser aprimorado.

Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no fim de fevereiro, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, disse que o governo aposta no avanço da proposta para aproveitar uma oportunidade “gigante” de fazer o mercado de seguros crescer no Brasil.

A avaliação é de que o mercado de seguros no Brasil é muito pequeno diante do tamanho da economia do País, mas o secretário admite que a ampliação do setor não vai acontecer do dia para a noite. Ele traça um paralelo com o mercado de capitais, cujo volume de ofertas públicas passou de cerca de R$ 20 bilhões em 2003 para R$ 750 bilhões em 2022, período em que houve reformas que deram mais segurança ao investidor.

Por Gabriel Hirabahasi

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Decreto cria Programa Navegue Simples para simplificar outorgas portuárias

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou decreto que cria o Programa…

45 minutos ago

Noruega formaliza nova doação de mais de R$ 270 milhões ao Fundo Amazônia, diz BNDES

O Banco de Desenvolvimento de Econômico e Social (BNDES) e o governo da Noruega formalizaram…

3 horas ago

Preço das passagens aéreas caíram 2,4% de janeiro a maio na comparação anual, mostra Anac

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) divulgou nesta quarta-feira, 26, que, conforme os dados…

3 horas ago

Nubank compra Hyperplane, empresa de inteligência de dados

O Nubank comprou a Hyperplane, empresa de inteligência de dados sediada no Vale do Silício,…

3 horas ago

Otan nomeia o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, como seu próximo secretário-geral

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nomeou o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte,…

4 horas ago

Banco do Brasil inicia simulações de uso de Drex para funcionários

O Banco do Brasil começou a testar um simulador de operações com o Drex, a…

4 horas ago