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Demitidos da Ansa serão recontratados até 6 de julho, após parecer do TST, diz FUP

Após a decisão da retomada das operações da fábrica de fertilizantes da Petrobras no Paraná, Araucária Nitrogenados (Ansa), em agosto do ano passado, a estatal deverá recontratar os empregados demitidos da unidade até o dia 6 de julho, disse a Federação Única dos Petroleiros (FUP), para evitar o período eleitoral.

A recontratação dos cerca de 400 empregados dispensados após o fechamento da fábrica pelo governo Bolsonaro, em 2020, depende, no entanto, de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), prevista para a próxima semana, segundo a entidade sindical.

A demora da retomada da Ansa foi um dos pontos de atrito entre a FUP e o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, demitido em meados de maio e substituído por Magda Chambriard, convocada pelo governo para acelerar a produção de fertilizantes pela estatal, entre outros projetos.

“A luta e resistência dos trabalhadores do sistema Petrobras foram fundamentais para a construção desse acordo, com o apoio do Ministério Público do Trabalho e sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que deverá homologar o entendimento ainda nesta semana. A expectativa é a recontratação dos trabalhadores que foram demitidos até o dia 6 de julho, por conta da legislação eleitoral”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar

Ele observou que, sob o comando de Magda, a Petrobras encontrou o caminho de consenso para a efetiva retomada do parque de fertilizantes brasileiro.”A Ansa é a primeira de outras que virão: as Fafens Bahia, Sergipe e Mato Grosso do Sul”, assegurou o sindicalista.

Segundo Bacelar, a decisão é importante para o cumprimento do plano de governo que a FUP ajudou a construir visando a retomada do segmento de fertilizantes da Petrobras. A previsão da estatal é de que a Ansa volte a operar no segundo semestre de 2025.

Com a paralisação da fábrica de Araucária, em 2020, mais de mil empregados perderam seus postos de trabalho, sendo cerca de 400 empregados diretos e 600 indiretos. A fábrica, que operava desde 1982, entrou no plano de desinvestimento da Petrobras em 2019, no governo Bolsonaro.

A Ansa possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m?/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).

A reabertura da unidade está incluída no plano estratégico 2024-2028 da Petrobras e no Plano Nacional de Fertilizantes. O Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, é atualmente o quarto maior consumidor internacional de fertilizantes e importa 85% do que utiliza.

Segundo estimativa da FUP, a reativação da Ansa, a retomada das Fafens Bahia e Sergipe e a conclusão das obras da fábrica de Mato Grosso do Sul (Fafen III) podem reduzir para 35% as importações do insumo agrícola.

Por Denise Luna

Estadão Conteúdo

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