Categories: Empresas

Pacheco diz que votação do Mover deve ser prioridade do Senado na semana que vem

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a prioridade da Casa na semana que vem deverá ser a votação do projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e prevê cobrança de 20% de imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50. A expectativa inicial era de que o texto fosse analisado ainda nesta quarta-feira, 29, um dia depois de passar na Câmara.

“Eu vou submeter aos líderes logo no começo da semana a ponderação em relação ao projeto de lei do Mover, no qual está incluída a questão das compras online, da taxação, e vamos fazer uma ponderação de avaliação se é possível levar direto ao plenário do Senado Federal”, afirmou Pacheco a jornalistas. “Eu acho que na próxima semana a gente consegue ter como prioridade essa pauta do Mover”, emendou.

Pacheco afirmou que o texto não foi votado nesta quarta pela falta de tempo, mas garantiu que os técnicos do Senado estudarão uma forma de manter a segurança jurídica para as montadoras, já que a Medida Provisória (MP) que criou os incentivos para o setor automotivo perderá validade na sexta-feira, 31, antes que o projeto de lei enviado pelo governo em substituição à MP seja votado.

O Mover foi aprovado na noite desta terça-feira, 28, na Câmara, com alguns jabutis – trechos em projetos de lei que não têm relação com o conteúdo principal. Além da taxação do e-commerce estrangeiro, os deputados incluíram de última hora, por exemplo, política de conteúdo local para as atividades de exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, aplicável ao regime de concessão. Pacheco evitou comentar o mérito da medida.

Esse ponto do projeto foi criticado pelo Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP). “O dispositivo, incluído de última hora e sem o debate necessário com o setor produtivo, representa grave barreira para a viabilidade de projetos, tendo sido estabelecidos sem qualquer estudo técnico mais aprofundado”, avaliou a entidade em nota nesta quarta-feira.

Além disso, de acordo com o IBP, a medida suprime os poderes e prerrogativas do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para fixar os índices de conteúdo local de acordo com as características de cada projeto, conforme a prática internacional.

Por Iander Porcella e Victor Ohana

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Após fechamento de 320 lojas, passivo trabalhista entra no radar de varejistas

As demissões derivadas da reestruturação do setor varejista ao longo do ano passado têm potencial…

1 hora ago

Aneel se divide e não aprova plano da Âmbar, dos Batista

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se dividiu e não aprovou nesta sexta, 27,…

2 horas ago

Angola, Coreia do Sul, México, Reino Unido e Rússia abrem mercados para produtos do Brasil

O Brasil poderá exportar erva-mate, DDGs (grãos secos de destilaria, subproduto do etanol de milho)…

15 horas ago

Aneel empata votação sobre conversão de contratos de usina vendidas pela Eletrobras para Âmbar

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ficou com votação empatada nesta sexta-feira, 27, em…

16 horas ago

Votação sobre Amazonas Energia volta na terça-feira, por força de regimento, diz Aneel

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse que a votação…

16 horas ago

Para Aneel, aparentemente nova proposta da Âmbar também não estaria em total acordo

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, avaliou nesta sexta-feira, 27,…

17 horas ago