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Lucro da Camil avança 572% no 4º trimestre fiscal de 2023, para R$ 106,6 milhões

A Camil Alimentos, multinacional de origem brasileira, obteve lucro líquido de R$ 106,6 milhões no quarto trimestre fiscal de 2023, encerrado em fevereiro, informou a empresa na quinta-feira, 9, depois do fechamento do mercado financeiro. O resultado representa alta de 572% ante igual período do ano passado, quando a companhia registrou lucro de R$ 15,9 milhões. O lucro por ação atingiu R$ 0,30 no quarto trimestre. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.

Já a receita líquida aumentou 6,8%, de R$ 2,512 bilhões para R$ 2,682 bilhões no quarto trimestre fiscal de 2023. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 6,8%, para R$ 2,101 bilhões. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida também 6,8% maior, de R$ 581,2 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 61,7% na mesma comparação, de R$ 157,0 milhões para R$ 253,8 milhões. Já a margem Ebitda avançou 3,2 pontos porcentuais do quarto trimestre fiscal de 2022 para o quarto trimestre fiscal deste ano, encerrando o período em 9,5%.

A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o quarto trimestre fiscal de 2023 em 2,9 vezes ante 3 vezes de igual período do ano fiscal anterior. No período, a companhia investiu (Capex) R$ 86,3 milhões, 12,4% menos que no quarto trimestre fiscal de 2022.

Balanço 2023

A Camil Alimentos reportou lucro líquido de R$ 360,5 milhões no ano de 2023, 1,9% maior na comparação com 2022, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 353,7 milhões. O Ebitda da companhia atingiu R$ 914 milhões, recuo de 0,6% frente aos R$ 919,8 milhões do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 8,1%, ante 9% de um ano antes, queda de 0,9 ponto porcentual. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,9 vezes, ante 3 vezes reportada ao fim de 2022.

Já a receita líquida foi recorde e avançou 10,2% na comparação anual, alcançando R$ 11,250 bilhões em 2023, ante R$ 10,206 bilhões de 2022. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 10,5%, para R$ 8,392 bilhões.

O segmento alimentício internacional obteve receita líquida 9,3% maior, de R$ 2,858 bilhões. O volume de produtos comercializado pela empresa no ano recuou 0,6%, para 2,192 milhões de toneladas. O desempenho do Brasil, que cresceu 2,8% em volume vendido no ano fiscal de 2023, compensou a queda de 4% do segmento internacional no ano.

No ano, a empresa investiu R$ 290,5 milhões, 27,5% menos que em 2022, quando aplicou R$ 400,6 milhões. Em 2023, os aportes foram direcionados especialmente para a expansão da capacidade de café, massas e internacional.

No comunicado divulgado aos investidores, o diretor presidente da Camil, Luciano Quartiero, destacou que a receita líquida foi recorde no ano fiscal de 2023, atribuindo parte do desempenho às categorias de maior valor agregado – negócios adquiridos recentemente pela Camil.

“Na categoria de alto valor, composta por pescados, massas, café e biscoitos, apresentamos crescimento de volume de 25% frente ao ano anterior, principalmente pela entrada na categoria de biscoitos e constante crescimento nos volumes de café torrado e moído”, afirmou Quartiero.

O executivo citou que a empresa está focada em ampliar os volumes de massas e a participação da categoria no mix de vendas da companhia.

No segmento de café, segundo Quartiero, a marca União alcançou em 2023 4% de participação de mercado em São Paulo e Rio de Janeiro e concluiu expansão para todo o País. A ampliação da capacidade de fabricação de café foi concluída no último ano fiscal pela companhia, informou Quartiero. “Com as expansões de massas e cafés, em adição à operação de biscoitos que detém capacidade para dobrar de tamanho em vendas, acreditamos que estamos bem posicionados para impulsionar oportunidades de expansão de vendas das categorias de alto valor para os nossos negócios – tanto em volume, quanto em expansão de rentabilidade”, adiantou o CEO.

Em relação ao segmento de alto giro, formado por grãos e açúcar, o CEO apontou que o resultado foi beneficiado pelas altas dos preços de arroz no segundo semestre de 2023.

“O açúcar, por sua vez, operou abaixo do potencial esse ano. Operamos no varejo de açúcar em um cenário desafiador, e tomamos medidas para minimizar esses efeitos, conforme observado nos volumes de açúcar com a continuidade das operações de exportações”, observou Quartiero.

Quanto ao mercado internacional, o CEO destacou que houve melhora na rentabilidade no Chile e no Peru, com investimentos realizados nos países.

Por Isadora Duarte

Estadão Conteúdo

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