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4ª Rodada de negociações entre Eletrobras e eletricitários termina novamente sem decisão

Acabou mais uma vez sem acordo a quarta rodada de negociação de data-base entre o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Eletrobras. Em reuniões nos dias 7 e 8 de maio, a empresa manteve a proposta de redução salarial dos empregados, o que foi rejeitado pela categoria, informou o CNE nesta quinta-feira, 9. A quinta rodada de negociação está prevista para acontecer no Rio de Janeiro, no próximo dia 21.

“Mais uma vez, a empresa não apresentou proposta ao Acordo Coletivo de Trabalho possível de apresentar à categoria, apenas retomou a premissa de redução salarial. O CNE reiterou que não aceita qualquer discussão de redução salarial, que embora, não seja o caminho, aceita discutir outros pontos para que haja uma saída”, informou o CNE.

Segundo a entidade sindical, o Programa de Demissão Voluntária (PDV), “de forma justa e menos traumática”, pode ser uma saída para resolver o que a empresa tem colocado como premissa de diminuição de folha de pessoal.

“A Eletrobras acumulou lucro de R$ 4,4 bilhões no ano passado, e definiu em assembleia de acionistas, distribuir R$ 1,3 bilhão em dividendos e remunerar os administradores em R$ 83 milhões. Os números tão pomposos são, no mínimo, uma contradição às propostas de tentativa de redução de salário dos trabalhadores”, afirmou o CNE.

O CNE também apresentou uma proposta de compilação dos ACT’s específicos das cinco empresas do Sistema Eletrobras. “O objetivo é que essa compilação de 46 cláusulas unificadas passem a compor o ACT nacional, garantindo, assim, a manutenção de diversos direitos e benefícios para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras”, explicou.

“O CNE tem como objetivo sair da reunião com uma proposta para apreciação da categoria, seja para aprovação ou rejeição. O Coletivo Nacional dos Eletricitários reafirma que não dará um passo atrás na posição de manutenção integral dos salários”, informou.

Além do corte salarial, mudanças no plano de saúde da empresa é outro ponto que vem trazendo dificuldades no acordo, segundo o CNE.

Por Denise Luna

Estadão Conteúdo

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