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Santos Brasil tem lucro líquido de R$ 147,8 Mi no 1º trimestre

A Santos Brasil registrou lucro líquido de R$ 147,8 milhões no primeiro trimestre de 2024. O montante mais que triplicou quando comparado aos R$ 45,9 milhões reportados no mesmo período do ano passado.

Já o Ebitda subiu 109,5% na mesma base comparativa, atingindo R$ 321,3 milhões. A margem Ebitda ficou em 49,8%, 13,9 pontos porcentuais acima do primeiro trimestre de 2023.

A receita líquida da companhia foi de R$ 645,2 milhões entre janeiro e março, alta de 51,1% na comparação anual. A companhia destaca o aumento de 69,8% na receita dos Terminais de Contêiner e Carga Geral, principalmente nas operações de cais que registraram maior movimentação nos três terminais e maior tíquete médio.

“Mais do que um aumento no número absoluto de volumes, tivemos também uma melhora na qualidade do mix”, afirma o CFO da Santos Brasil, Daniel Dorea, em entrevista ao Broadcast.

O executivo atribui isso a um cenário macroeconômico mais favorável, com redução da taxa de juros e mais acesso ao crédito para consumo e investimento. Ele destaca que, com o mercado mais aquecido, apenas o terminal de veículos registrou queda (-27%), enquanto todos os outros subiram.

Investimentos

O investimento corporativo da companhia somou R$ 115,9 milhões entre janeiro e março de 2024, 34,6% a mais do que um ano antes. O montante foi destinado principalmente ao projeto de expansão e desenvolvimento dos terminais líquidos e expansão e modernização dos terminais de contêiner e carga geral, com destaque para o Tecon Santos.

Dorea lembra que a Santos Brasil pretende investir mais de R$ 615 milhões até o final do ano, somando R$ 730 milhões, com um pouco menos da metade indo para o Porto de Santos. “Estamos comprometidos em investir em capacidade, principalmente em Santos, para absorver a demanda futura e não gerar gargalos”, diz o executivo.

Rio Grande do Sul

A crise climática no Rio do Grande do Sul pode gerar alterações no fluxo de carga para outros portos do País, segundo Dorea. No entanto, ele considera que ainda é muito cedo para prever quais serão as alterações logísticas.

“Podemos ter um maior volume que normalmente seria dirigido ao Porto de Rio Grande, mas o evento é muito recente. Precisamos esperar”, afirma o CFO.

Ainda segundo o executivo, o Porto de Rio Grande, que liga a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico, no município de Rio Grande, é uma rota importante para produtos comercializados pelos países do Mercosul. Atualmente, o terminal portuário está em operação, ainda que com desafios logísticos para a chegada e saída de produtos.

Por Elisa Calmon

Estadão Conteúdo

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