O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2023, divulgado nesta terça-feira, 30, pelo Banco Central, estimou um incremento aproximado de 54% no requerimento mínimo de capital para risco operacional de alguns bancos. Além disso, traz um alerta de que as instituições financeiras precisarão aprimorar controles ante os riscos tecnológicos.
O documento explica que o BC estabeleceu procedimento para o cálculo da parcela de ativos ponderados pelo risco relativa ao capital requerido para risco operacional, seguindo os parâmetros de Basileia III. “O modelo padronizado objetiva aumentar a robustez, a sensibilidade ao risco e a comparabilidade do requerimento de capital para o risco operacional. O normativo entrará em vigor em janeiro de 2025, com transição da implementação até janeiro de 2028, e é aplicável às instituições enquadradas nos Segmentos 1 (S1) a 4 (S4)”, diz o documento.
A autoridade monetária também realizou a primeira etapa do mapeamento de riscos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), e identificou fatores que precisam ser aprimorados para garantir uma operação segura e resiliente. “As instituições precisarão aprimorar seus controles, em especial, investir na realização de testes dos planos de resposta a incidentes, estabelecer e monitorar indicadores de exposição aos riscos tecnológicos e assegurar uma atuação mais proativa de suas linhas de defesa na gestão dos riscos tecnológicos”, pontua o relatório.
As próximas etapas deste mapeamento vão ampliar a amostra de instituições e aprimorar o questionário, ampliando o panorama do SFN para permitir identificar eventuais pontos de preocupação para a estabilidade financeira.
A autoridade monetária ainda destaca que as instituições financeiras aumentaram a preocupação com os potenciais efeitos dos riscos climáticos sobre o SFN. Ainda que uma pesquisa feita pelo BC mostre que os impactos de eventos climáticos em 2023 foram baixos, os riscos físicos devem se tornar mais relevantes em horizonte mais amplo.
“As principais preocupações são os efeitos decorrentes de secas, escassez de recursos naturais e desertificação. Esses eventos causariam danos aos ativos e aos processos produtivos, perdas de renda e aumentos de custos para os tomadores de crédito, com consequente aumento da inadimplência para o SFN”, detalha o documento.
Por Célia Froufe e Fernanda Trisotto
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