Categories: Política

Pacheco chama de “desnecessária” advertência de Haddad sobre responsabilidade fiscal

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou de “desnecessária” a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que em entrevista divulgada neste sábado, 27, disse que o Congresso “também tem que respeitar” a lei de Responsabilidade Fiscal. “Portanto, a admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso”, disse Pacheco em nota divulgada à imprensa, em que afirma também que ter responsabilidade fiscal é “bem diferente” de exigir do Parlamento “adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”.

“Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil. Até porque o progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra”, disse Pacheco. A afirmação de Haddad foi feita em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A declaração do ministro se deu no contexto da ação apresentada pelo governo no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia e o benefício concedido a prefeituras – agora suspensos por decisão do ministro Cristiano Zanin. Na nota divulgada neste sábado, Pacheco lista reformas aprovadas pelo Congresso, como o teto de gastos, a reforma da Previdência e o novo marco do saneamento, e relembra a pauta da equipe econômica para aumentar a arrecadação do governo, chancelada durante o ano passado.

“Sob o prisma da despesa, não nos esqueçamos que teto de gastos, reforma da Previdência e modernização de marcos legislativos, como o do saneamento básico, são obras do Congresso. Sem contar a pauta de 2023 que cumprimos em favor de uma arrecadação recorde do estado brasileiro”, disse o presidente do Senado.

A decisão do governo de questionar no STF os benefícios fiscais aprovados pelo Congresso, que só neste ano têm impacto de cerca de R$ 25 bilhões, gerou reação negativa no Parlamento. Após Pacheco dizer ontem que o movimento do Executivo gerou “perplexidade”, o Senado apresentou, na noite desta sexta-feira, 26, um recurso contra a decisão de Zanin. Em julgamento no plenário virtual da Corte, quatro ministros já acompanharam o relator no caso, mas houve um pedido de vista por parte do ministro Luiz Fux.

Por Amanda Pupo

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Príncipe William atualiza estado de saúde de Kate Middleton durante quimioterapia: “está bem”

O príncipe William atualizou o estado de saúde de sua esposa, Kate Middleton, durante uma…

43 minutos ago

Rio Uruguai deve permanecer acima do nível de inundação em municípios do RS

O nível do rio Uruguai deve continuar acima do nível de inundação nos municípios gaúchos…

52 minutos ago

Ainda há dificuldade na solicitação de recursos por pequenos municípios do RS, diz ministro

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse, neste sábado, 11, que ainda…

52 minutos ago

CNDL/FCDL-SP preveem aumento de 21,7% no tíquete médio de presentes para Dia das Mães

Os filhos estão dispostos a gastar um pouco mais com presentes para as mães este…

2 horas ago

Governo articula com aéreas transporte de doações arrecadadas em Portugal para RS

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e o Ministério…

3 horas ago

Porto Alegre tenta resgatar remanescentes antes de volta das chuvas

Com previsão de chuvas intensas até o início da semana, brigadistas que trabalham no centro…

3 horas ago