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Bird e IFC anunciam investimento a partir de US$ 7 bi ao ano no Brasil entre 2024 e 2028

O Grupo Banco Mundial (GBM) anunciou investimentos de mais de US$ 7 bilhões ao ano no Brasil entre 2024 e 2028, por meio do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e da Corporação Financeira Internacional (IFC), envolvendo ainda a Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA).

Os investimentos estarão atrelados às estratégias de economia inclusiva e verde no Amazona e em outros biomas brasileiros.

Durante o período da nova estratégia, a expectativa é que os empréstimos do BIRD atinjam uma média de cerca de US$ 2 bilhões ao ano, e que o financiamento da IFC exceda US$ 5 bilhões ao ano, incluindo recursos próprios e mobilização de recursos de terceiros. As garantias da MIGA também devem aumentar.

De acordo com comunicado distribuído nesta quarta-feira, os investimentos foram definidos de acordo com a nova parceria estratégica endossada na semana passada com o governo brasileiro e dentro do Plano Plurianual 2024-2027 e do Plano de Transformação Ecológica (PTE) do GBM.

Do lado do governo brasileiro, estão envolvidos os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. A estratégia foi desenvolvida em consulta com representantes de estados e municípios, do setor privado, do setor acadêmico, da sociedade civil, de povos indígenas e de grupos de afro-brasileiros, além de outros parceiros de desenvolvimento, de acordo com o GBM.

“O objetivo geral da estratégia é ajudar o Brasil a construir uma economia mais produtiva, mais inclusiva e mais verde, incluindo na Amazônia e em outros biomas importantes, ao mesmo tempo que apoia, de forma sistemática, a governança institucional e a redução das disparidades raciais e de gênero”, diz Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil.

Segundo ele, as atividades do banco se concentrarão na promoção do aumento da produtividade e do emprego, na inclusão das populações pobres e desfavorecidas e numa economia mais verde e menos vulnerável aos choques climáticos.

De acordo com o GBM, a estratégia intensifica os esforços existentes, como o Memorando de Entendimento com o BID, assinado em agosto de 2023, e os debates com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para apoiar a implementação do Fundo Clima. Também prevê engajamento com novos parceiros, como a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e vários bancos e entidades brasileiras, como a Embrapa.

Além disso, a IFC e o BID Invest lançaram a Rede Financeira para a Amazônia durante a COP28, juntamente com 24 signatários fundadores, para mobilizar capital, compartilhar conhecimentos sobre soluções de financiamento inovadoras e criar sinergias com o setor público para gerar oportunidades de emprego por meio de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) na Amazônia.

Por Cynthia Decloedt

Estadão Conteúdo

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