Categories: Economia

Governador da Bahia diz que é melhor que parceria de Mubadala em Mataripe seja com Petrobras

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reiterou que há interesse do fundo Mubadala, controlador da Acelen, em vender participação na refinaria de Mataripe. Ele disse que, para o Estado, é melhor que a futura parceria aconteça por meio da Petrobras. Jerônimo ainda reconheceu como problemáticos os preços de combustíveis praticados pela empresa privada, mais altos que a média nacional.

“Eu estive nos Emirados Árabes e conversamos com o fundo. Acompanhei os ministros, inclusive o ministro Rui Costa (Casa Civil), tentando ver qual seria o plano do Mubadala (para Mataripe). Ali a gente percebeu tranquilamente que eles tinham interesse (em vender participação), mas, qualquer movimentação não estava naquele momento com a resposta pronta”, disse.

“Eu torço para que funcione (a futura parceria) e, se for pela Petrobras, que isso aconteça. Que a gente possa ver a geração de emprego, e os impostos e taxas aos quais a gente tem direito sobre eles. Se for pela Petrobras, naturalmente, é melhor”, continuou o governador da Bahia.

Jerônimo integra o grupo político do ministro Rui Costa, um dos críticos nos bastidores da gestão de Jean Paul Prates à frente da Petrobras. Nas últimas semanas, a pressão sobre o CEO da estatal escalou e o executivo passou a balançar no cargo.

No fim de 2023, o Mubadala procurou formalmente a Petrobras para consultar sobre o interesse de parcerias no setor de refino tradicional e para a construção de uma usina de biorrefino também na Bahia. Em fevereiro, Prates foi aos Emirados Árabes, onde fechou acordo para intensificar as negociações. Na ocasião, Prates informou que pretendia fechar o retorno da Petrobras à refinaria de Mataripe ainda neste primeiro semestre.

Preços

Questionado sobre os preços praticados pela refinaria, Jerônimo disse que gostaria de ver a unidade produzindo com preços acessíveis para a população da Bahia e do Nordeste.

“Sobre preço há muita reclamação por parte da população baiana. Na produção eles estão se esforçando bastante, mas o que mais pesa na sociedade baiana é justamente o preço praticado por eles. Ficou mais caro”, disse.

Por Gabriel Vasconcelos e Luciana Collet

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Justiça nega pedido por AGE na Petrobras que protelaria posse de Magda Chambriard

A Justiça Federal negou um pedido de decisão liminar que poderia obrigar a Petrobras a…

5 horas ago

Visões de Maria, estátuas que choram; veja novas regras do Vaticano para validar evento sobrenatural

O Vaticano revisou na sexta-feira, 17, o processo de avaliação de supostas visões da Virgem…

10 horas ago

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos mais críticos, diz diretora do Fed

A turbulência bancária ocorrida no ano passado nos Estados Unidos ilustra claramente que supervisores e…

14 horas ago

ABBC diz que redução no teto do consignado INSS prejudica bancos de menor porte

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) afirma que as reduções do teto dos juros do…

1 dia ago

Governo enviará MP para flexibilizar lei de licitações em casos de calamidade, diz ministra

A ministra da Gestão, Esther Dweck, anunciou que o governo federal enviará uma Medida Provisória…

1 dia ago

AGU parabeniza 3 Poderes por ‘alto nível de diálogo interinstitucional’ sobre desoneração

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, comemorou na rede social X (antigo…

1 dia ago