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FUP: Petrobras tem papel social e será empresa de energia, não apenas de óleo e gás

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou em nota que a Petrobras tem papel social e não será apenas uma empresa de óleo e gás, mas, sim, uma empresa de energia, que precisa se voltar à transição energética “de forma dialogada com trabalhadores e comunidades impactadas”. Para tanto, diz a entidade sindical, é preciso observar as demandas que já existem de combustíveis verdes no Brasil e no mundo.

Segundo a FUP esses foram assuntos tratados com o presidente Lula em encontro de líderes sindicais e movimentos sociais hoje, na Granja do Torto. A companhia atravessa momento de incerteza, com o presidente Jean Paul Prates na corda bamba e Aloizio Mercadante, hoje no comando do BNDES, cotado para assumir a estatal petroleira.

A FUP aponta, na nota, que companhias áreas, a partir de 2027, terão que usar combustível sustentável de aviação (SAF); navios usarão metanol; e que os novos trens da mineradora Vale também serão movidos com combustíveis verdes, assim como equipamentos usados na agricultura.

“A Petrobras precisa ser protagonista nesse processo, indutora de um polo industrial nacional de combustíveis verdes”, diz na nota o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacellar. No documento, ele destaca a importância do polo petroquímico de Camaçari, na Bahia, estado que tem grande potencial de geração de energia eólica e solar e de atração de investimentos.

A FUP cita ainda a importância da ampliação da capacidade de refino do País e das encomendas de navios, sondas e plataformas para o Brasil, que podem contribuir com o processo de geração de emprego e renda no País.

GLP
Com relação ao “papel social” da Petrobras, a FUP cita o caso do GLP (gás de cozinha), mais usado pela população de baixa renda. O GLP viu o preço cair desde que Lula assumiu o governo, mas uma redução abaixo aquém da esperada por membros do PT, e bem aquém do que aconteceu com gasolina e diesel, cujos descontos estão mais associados à mudança na política de preços da Petrobras, que abandonou a paridade de importação.

Por Gabriel Vasconcelos

Estadão Conteúdo

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