Categories: Empresas

Presidente da Febraban discorda que inovação e tecnologia tirem espaço dos bancos tradicionais

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, rebateu nesta sexta-feira, 5, avaliações de que os bancos tradicionais estejam perdendo espaço para os bancos digitais na corrida da inovação. “Qual banco não é digital? Todos somos”, disse Sidney, após sustentar, em seminário do Lide, que não existe tecnologia ou inovação não adotada ou em implementação pelos bancos tradicionais.

Ele dedicou boa parte de sua participação no seminário para rechaçar a pecha de que bancos tradicionais estariam no passado, enquanto os novos competidores estariam no futuro. “Discordo que inovação e tecnologia tiram espaço dos bancos tradicionais”, assinalou, acrescentando que os investimentos dos bancos em tecnologia devem chegar a R$ 45 bilhões em 2024.

Segundo ele, não existe defasagem de inovação entre bancos tradicionais e novos players. “Há espaço para todos da indústria financeira.”

Após dizer que 115 bancos estão associados à Febraban, o presidente da entidade afirmou que todos estão engajados em fazer da inovação um veiculo de democratização dos serviços financeiros.

Só na consolidação do Open Finance, a plataforma de compartilhamento de dados bancários do Banco Central (BC), estão envolvidas 320 pessoas da Febraban e dos bancos, pontuou.

Sidney defendeu a união do setor na agenda de redução do custo do crédito, onde, avaliou, o marco de garantias deve ajudar os bancos a oferecer condições de financiamento mais acessíveis.

Campos Neto fala em foco no Open Finance e no Drex

No mesmo evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez na manhã desta sexta-feira uma apresentação da agenda de inovação da autarquia. Ao fazer a sua intervenção em um painel que também teve, entre os presentes, o ex-presidente do BC Henrique Meirelles, Campos Neto disse que a agenda tem hoje um foco especial no Open Finance e no Drex.

Em relação ao Open Finance, projeto no qual o BC está debruçado no momento, Campos Neto pontuou que a plataforma não tem adoção rápida como o Pix, o sistema de pagamentos financeiros instantâneos que já alcançou 200 milhões de transações num dia, volume superior ao de mercados como a Índia.

Segundo Campos Neto, uma das preocupações do BC na construção do Open Finance foi de equacionar problemas observados na implementação da plataforma em outros países, como divisão dos custos da transferência de dados, a segurança e a experiência do usuário.

“Em vários elementos, a experiência do usuário não foi boa em outros países”, disse o presidente do BC.

Por Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Latam amplia em 12% voos no Brasil em 2025, com quatro novas rotas domésticas

A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…

2 horas ago

ANP aprova acordo de cooperação com Serpro no âmbito do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…

2 horas ago

Correção: Lula faz evento para tornar oficial programa de repactuações de rodovias

A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…

4 horas ago

Brasil vive momento histórico sobre concessões, com melhor entendimento público, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…

5 horas ago

Renan Filho: governo analisa 4 repactuações de rodovias, encaminhou 8 para o TCU e reprovou 2

O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…

6 horas ago

Claro lança oferta de celular para fisgar público que ainda não aderiu ao 5G

A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…

7 horas ago