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Ibovespa sobe 0,17% com Vale, em meio à cautela por decisões do Fed e Copom

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira, 18, em leve alta em um dia marcado por cautela nos mercados. Investidores estão em compasso de espera pelas decisões de política monetária de diversos países, incluindo Estados Unidos e Brasil, esta semana. As ações da Vale subiram, seguindo o minério de ferro, e foram destaque de alta na sessão. Em contrapartida, Eletrobras puxou o índice para baixo, sob temores de ingerência política.

Em meio ao clima de cautela, o índice encerrou o dia com 126.954,18 pontos, em alta de 0,17%. O giro financeiro ficou em R$ 21,9 bilhões. Ao longo do dia, o índice oscilou entre a mínima de 126.272,19 pontos (-0,37%) e a máxima de 127.540,21 pontos (+0,63%).

O mercado doméstico trabalhou na expectativa pela “super-quarta”, quando serão anunciadas as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central do Brasil. Aqui, um novo corte de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic é consenso, mas analistas divergem sobre a possibilidade de o BC manter o “forward guidance” que promete novos cortes da mesma magnitude nas próximas reuniões, no plural.

“Existe uma cautela porque os dados de inflação dos Estados Unidos começaram a mostrar a possibilidade de que o corte de juros deles não comece em junho, já tem muita gente olhando para o segundo semestre”, afirma o operador de renda variável da Manchester Investimentos Diego Faust.

O principal impulso positivo para o Ibovespa veio da valorização de 0,94% do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, para US$ 111,58 por tonelada. O aumento da commodity impulsionou não apenas Vale ON (+1,91%), a ação com maior peso no índice, como também outras mineradoras e siderúrgicas.

As ações da Petrobras caíram durante quase todo o dia, refletindo os temores de interferência do governo. No entanto, no fim da tarde, engataram recuperação, apoiadas em uma valorização próxima de 2% dos preços de petróleo. Os papéis da petroleira fecharam em alta, de 0,06% (PN) a 0,85% (ON).

O contraponto negativo ficou com Eletrobras, que cedeu entre 3,60% (ON) e 3,12% (PNB), penalizada novamente pelo risco de ingerência política. Foi revelado pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim que o Conselho de Administração da empresa cedeu à pressão do governo Lula e aceitou ampliar o número de cadeiras do colegiado, de 9 para 11, de forma a acomodar indicados pelo Executivo.

Na ponta negativa do Ibovespa, aparecem MRV ON (-5,70%) e Yduqs ON (-3,81%), além de Eletrobras ON e PNB. Do outro lado, os destaques ficaram com Magazine Luiza ON (+7,14%) – beneficiada pela expectativa pelo balanço do quarto trimestre -, além de Cogna ON (+4,44%), Rede DOr ON (+3,45%) e Bradespar PN (+3,33%).

Por Equipe AE

Estadão Conteúdo

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