Subiu de 68% para 73% a parcela das grandes fábricas brasileiras que têm planos de investimentos em 2024, em comparação ao ano passado, aponta sondagem divulgada nesta quarta-feira, 13, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Se o planejamento for consolidado, a alta de 5 pontos porcentuais irá representar aumento na capacidade produtiva e melhoria dos processos produtivos.
Os principais objetivos dos investimentos das indústrias de grande porte para este ano são a ampliação ou melhoria da capacidade produtiva (42%) e a ampliação ou melhoria do processo produtivo atual (42%). Na sequência, aparecem o interesse em investir em novos produtos (9%) e novos processos produtivos (7%).
Em um cenário de alto custo do crédito, 39% das grandes empresas afirmaram à CNI que pretendem usar “exclusivamente” recursos próprios, enquanto 29% disseram que irão investir “em sua maior parte” com recursos próprios.
Segundo a sondagem, o porcentual das grandes empresas que planejam investir neste ano para atingir, principalmente, o mercado externo alcançou 10% – um recorde na série histórica da sondagem da entidade.
Apesar do crescimento, o foco no mercado interno ainda prevalece, representando o interesse de 40% dos entrevistados.
Queda na realização
Olhando em retrospecto, 79% das grandes empresas realizaram investimentos em 2023, queda de 6 pp na comparação com 2022. Entre as empresas que planejavam investir no ano passado, o principal entrave foi o “surgimento de incertezas econômicas”, apontado por 58% dos executivos.
Considerando apenas as grandes empresas que adiaram ou cancelaram seus planos de investimento, a “queda das receitas” foi a dificuldade mais citada.
Entre as grandes empresas que investiram no ano passado, a maioria (74%) destacou a “inovação tecnológica” como uma das ações estratégicas para investimento. Também houve investimentos em “desenvolvimento do capital humano” (58%) e “busca por eficiência energética” (38%).
Considerando as grandes empresas com planos de investimento, 77% investiram no ano passado na aquisição de máquinas ou equipamentos.Para o estudo, a CNI ouviu 381 empresas com mais de 250 empregados.
Por Sheyla Santos, especial para a AE
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