Categories: Política

‘Brasil teve interrupção da democracia por 6 anos’, diz Janja em evento da ONU

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou na 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, 11, que o Brasil teve uma interrupção da sua democracia durante os seis anos que antecederam a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Janja, o País sofreu um “retrocesso nas suas políticas públicas” entre 2016 e 2022. Ela integra a comitiva brasileira em Nova York, Estados Unidos, liderada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

“O Brasil teve uma interrupção na sua democracia, podemos falar assim. Por seis anos, o Brasil teve um retrocesso nas suas políticas públicas, ou seja, os mais necessitados, os mais vulneráveis e as mulheres deixaram de ser prioridades no governo do Brasil que antecedeu, agora, o terceiro mandato do presidente Lula”, afirmou Janja no painel “Rumo a economias com igualdade de gênero: fazer com que as finanças públicas trabalhem para a igualdade de gênero”.

No discurso, a primeira-dama fez referência aos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Vice-presidente nas chapas vitoriosas em 2010 e em 2014, Temer assumiu o poder em 2016 após Dilma Rousseff (PT) ser afastada da Presidência pelo Congresso Nacional no processo de impeachment por pedaladas fiscais. Bolsonaro passou a comandar o Planalto em 2019, após vencer, no segundo turno, o candidato Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018.

Também nesta segunda, a primeira-dama criticou a falta de mulheres na abertura evento, que reúne autoridades e pesquisadores de diferentes países para discutir políticas de igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. “Já o quinto homem falando e nenhuma mulher”, disse no X (antigo Twitter). Depois, ela publicou uma foto da economista e ativista indiana Chetna Sinha, primeira mulher a falar na reunião.

Nesta terça-feira, 12, a primeira-dama voltou a criticar os antecessores de Lula na Presidência. Janja afirmou que o Brasil passou por “retrocessos” que culminaram no crescimento da pobreza e propagandeou o programa Bolsa Família como uma política de redução da desigualdade de gênero que deve ser promovida pela Aliança Global de Combate à Fome e a Pobreza.

“Apesar dos retrocessos que o Brasil enfrentou nos últimos anos, retomamos no terceiro mandato do presidente Lula os esforços para novamente reduzir a pobreza. Isso só foi possível a partir de políticas sociais desenhadas a partir de uma perspectiva de gênero, como o Bolsa Família, que prioriza as mulheres chefes de família ampliando o seu empoderamento econômico”, afirmou a primeira-dama no painel “Políticas e estratégias para acabar com a pobreza de mulheres e garotas”.

Por Gabriel de Sousa

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Latam amplia em 12% voos no Brasil em 2025, com quatro novas rotas domésticas

A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…

12 horas ago

ANP aprova acordo de cooperação com Serpro no âmbito do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…

12 horas ago

Correção: Lula faz evento para tornar oficial programa de repactuações de rodovias

A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…

14 horas ago

Brasil vive momento histórico sobre concessões, com melhor entendimento público, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…

16 horas ago

Renan Filho: governo analisa 4 repactuações de rodovias, encaminhou 8 para o TCU e reprovou 2

O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…

17 horas ago

Claro lança oferta de celular para fisgar público que ainda não aderiu ao 5G

A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…

17 horas ago