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Vendas de cimento somam 4,6 milhões de toneladas em fevereiro, alta de 3,9%, aponta SNIC

As vendas de cimento em fevereiro de 2024 somaram 4,6 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 3,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Se comparado a janeiro, há um recuo de 4,1%, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

A venda por dia útil – indicador que considera o número de dias trabalhados que têm forte influência no consumo de cimento – foi de 219,8 mil toneladas em fevereiro, 0,8% menor em relação ao mesmo mês do ano anterior e 1,3% inferior ante o acumulado no ano, apontou o SNIC.

No acumulado de 2024, a entidade estima que já foram vendidas 9,4 milhões de toneladas de cimento, alta de 0,6% se comparado a igual período de 2023.

De acordo com a entidade, a indústria brasileira de cimento segue moderadamente otimista com a aprovação da reforma tributária e sua regulamentação, a redução da Selic, o controle da inflação e a retomada de obras de infraestrutura e habitação do programa Minha Casa, Minha Vida.

Com base nas perspectivas do setor, o SNIC manteve a projeção de crescimento para o consumo de cimento em 2% para 2024, o que representa um acréscimo de 1,2 milhão de toneladas ante os 62 milhões de toneladas comercializados em 2023. “Insuficiente para recuperar as perdas de 3 milhões de toneladas registradas nos anos de 2022 e 2023”, afirmou a entidade em relatório setorial.

O presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna, defendeu a realização de investimentos como uma condição para a retomada econômica do País.

“Existe um consenso no País de que o investimento em infraestrutura é uma condição necessária para a retomada do crescimento socioeconômico, hoje um dos principais entraves que afetam nossa competitividade”, afirmou Penna.

O sindicato reconhece que os principais indutores de desempenho foram as perspectivas mais favoráveis no mercado de trabalho, com aumento da massa salarial e expansão do emprego formal e a uma forte retomada dos lançamentos do MCMV iniciada no segundo semestre de 2023. No entanto, os indicadores de confiança caminham em direções opostas entre o otimismo e o pessimismo.

O SNIC destaca a partir de dados da Fundação Getúlio Vargas que a confiança do consumidor manteve a tendência de queda, atingindo o menor nível desde maio de 2023. Por outro lado, a confiança da construção civil em fevereiro aumentou e atingiu o maior nível desde outubro de 2022, embora continue no patamar de pessimismo moderado.

No caso da perda de confiança dos consumidores, eles ainda são afetados pelas altas taxas de juros. A manutenção da confiança do setor de construção ainda em patamar de pessimismo moderado, por sua vez, é explicada pela falta de mão de obra e o acesso ao crédito, avaliou o SNIC.

Por Jorge Barbosa

Estadão Conteúdo

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