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Petróleo fecha em queda, com decisão da Opep+ incorporada previamente aos preços

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 4, revertendo alta inicial da virada da madrugada, com os investidores assimilando a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de estender cortes voluntários na produção até o fim do segundo trimestre, um desdobramento previamente incorporado nos preços. O movimento de baixa também desafiou eventual suporte que poderia vir do primeiro naufrágio no Mar Vermelho decorrente de navio atacado pelos houthis.

Na Internacional Commodity Exchange (ICE), o Brent para maio fechou em baixa de 0,90% (US$ 0,75), aos US$ 82,80 por barril. Enquanto isso, na New York Mercantile Exchange, o WTI para abril fechou com ganhos de 1,54% (US$ 1,23), a US$ 78,74 o barril.

No domingo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Argélia concordaram com as medidas de prolongamento da produção restrita, que se somam às rodadas anteriores de cortes de produção programadas para permanecer até o final de 2024. Isso manterá a oferta de petróleo restrita à medida que a procura nos países do Hemisfério Norte cresce nos meses de verão, de acordo com a S&P Global Commodity Insights.

A Rússia, cujas exportações continuam sob sanções impostas pelos países ocidentais após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, anunciou cortes de produção que reduzirão as suas exportações mês a mês. O país reduzirá a sua produção de petróleo bruto em 350 mil barris por dia em abril, em 400 mil barris por dia em maio e em 471 mil barris por dia em junho.

Mas a tentativa da Opep+ de evitar um excedente global e reforçar os preços já tinha sido precificada na semana passada e não ofereceu ímpeto adicional nesta segunda-feira, conforme os analistas. Na semana passada, o Brent acumulou alta de cerca de 3,40% e o WTI avançou 4,55%.

No Brasil, a produção de petróleo em janeiro foi de 3,519 milhões de barris por dia (bpd), queda de 1,8% em relação a dezembro de 2023. A produção de gás natural caiu 1,7%, para 153,9 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) em todo País, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

*Com informações da Dow Jones Newswires

Por Patricia Lara, especial para a AE*

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