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Grandes bancos dos EUA reclamam de critérios do Fed divulgados para teste de estresse

Os grandes bancos norte-americanos reagiram aos critérios do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) para o teste de estresse que realiza junto ao setor anualmente, divulgados na manhã desta quinta-feira, 15. O Financial Services Forum, entidade que defende os interesses dessas instituições em Washington, afirma que os gigantes de Wall Street são “altamente capitalizados”.

A defesa ocorre em meio à nova turbulência no setor, em especial, junto a bancos de médio porte por problemas no segmento imobiliário comercial norte-americano.

“Vários testes de estresse hipotéticos, bem como os da pandemia e da turbulência bancária do ano passado, mostraram que os maiores bancos dos EUA podem – e atuam – como um baluarte para a economia e o setor financeiro”, disse o presidente do Financial Services Forum, Kevin Fromer, em nota publicada nesta quinta.

Na sua visão, o “rigoroso” quadro regulamentar em vigor e as exigências aos bancos globais sistemicamente importantes (GSIBs, na sigla em inglês) reforçam que aumentos de capital adicionais significativos “não são justificados” e “prejudicariam a economia em geral”.

Fromer ainda teceu críticas às novas regras de Basileia III, que definem o quanto os bancos podem emprestar sem comprometer o seu capital. Para ele, elementos da proposta final “duplicariam o exercício do teste de esforço, impondo custos desnecessários aos bancos, poupadores, investidores e à economia em geral”.

“Essa redundância é uma política ruim para as empresas e famílias americanas”, disse o presidente do Financial Services Forum.

O Fed informou mais cedo que vai testar o desempenho de 32 bancos em um cenário hipotético de recessão severa com estresse elevado no setor imobiliário comercial e residencial, além do mercado de dívida corporativa. Os resultados serão conhecidos em junho próximo.

Trata-se do 15º teste da autoridade para avaliar a saúde financeira dos bancos nos EUA, conforme Fromer. Os critérios divulgados nesta quinta-feira representam uma “continuação dos padrões altamente rigorosos” aplicados às maiores instituições financeiras dos EUA, concluiu.

Por Aline Bronzati, correspondente

Estadão Conteúdo

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