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Prates: Petrobras e Mubadala vão intensificar negociações para montar parcerias

A Petrobras e o Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi, vão intensificar as discussões sobre uma parceria para a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe e para ampliar o negócio de biocombustíveis do grupo no Brasil. A informação foi dada pelo presidente da petroleira, Jean Paul Prates, em postagem na rede social X (antigo Twitter), após encontro com o presidente executivo do Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em Abu Dhabi.

“Acabo de sair de reunião com o Deputy Group, Chief Executive Officer de Mubadala Investment Company e presidente do Conselho da Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi com quem viemos conversando desde o início do ano passado sobre os investimentos do Fundo Mubadala no Brasil, e com cuja equipe gerencial e técnica temos trabalhando há meses para construir uma parceria que visa recuperar a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM), na Bahia, ao mesmo tempo em que ampliaremos e aprimoraremos juntos o empreendimento de biocombustíveis do grupo no Brasil”, disse Prates na postagem.

Segundo o executivo, as negociações serão retomadas nos próximos dias. O executivo disse que foi acertado que a equipe da estatal intensificará os trabalhos logo após o retorno da folga de carnaval. O objetivo, segundo Prates, é finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. “Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo.”

A refinaria foi vendida pela Petrobras em novembro de 2021, no governo de Jair Bolsonaro, para o Mubadala por US$ 1,65 bilhão, ou cerca de R$ 10 bilhões na época. Na ocasião, o valor foi considerado abaixo do esperado por bancos de investimentos como o BTG e pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que esperavam pelo menos o dobro pela venda.

A operação também foi criticada pelo governo do presidente Lula e pela atual gestão da estatal. Em novembro, no fim da apresentação do plano estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028, Prates indicou que a recompra era uma possibilidade. Mas, em 13 de dezembro, afirmou que a Petrobras não vai recomprar a refinaria.

Dias depois, a petroleira informou que está avaliando a proposta da Mubadala Capital de parceria para atuar no downstream no Brasil, em refino e biorefino, a partir de óleo vegetal oriundo de culturas nativas.

No início deste ano, Prates disse, também por meio de redes sociais, que a venda da refinaria está sob avaliação da estatal, em diálogo com os órgãos de controle. Segundo ele, há procedimento administrativo instaurado para avaliação do negócio, sob apreciação das áreas de integridade pertinentes da companhia.

Por Juliana Garçon

Estadão Conteúdo

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