A Secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, disse nesta sexta-feira, 15, que uma série de fatores têm tornado o Brasil “ainda mais atrativo” para os EUA no que vem sendo chamando de ‘friendshoring’, em que o país norte-americano tenta estabelecer parcerias estratégicas com aliados para tornar sua cadeia de suprimentos mais resiliente. A declaração foi dada durante o Fórum de CEOs Brasil e EUA, que contou também com a participação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do secretário especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Maurício Muniz.
Raimondo citou os esforços brasileiros para ter uma economia estável, inflação controlada, uma “democracia forte”, responsabilidade fiscal, além do avanço obtido com a iminente aprovação da reforma tributária, assim como a atratividade do País na área de exploração de minerais críticos.
“Tudo isso torna o Brasil ainda mais atrativo para os EUA, como um espaço para os EUA pensarem no ‘friendshoring’, enquanto focamos em fazer nossa cadeia de suprimentos mais forte e resiliente”, disse a secretária de Comércio dos EUA, destacando o foco do país no setor de semicondutores.
“EUA já são o maior investimento no Brasil e isso pode crescer muito, assim como parceria comercial”, disse Alckmin.
A avaliação foi reforçada por Raimondo, segundo quem a melhor forma de dois países fortalecerem suas relações é “fazendo comércio”. “É o que queremos fazer”, afirmou a secretária, emendando ainda que os EUA irão “fazer de tudo” para que o Brasil seja bem sucedido na tarefa de sediar e presidir o G20, assim como a COP30 em 2025.
Para reforçar que o governo olha formas de tornar o Brasil mais atrativo para receber investimentos privados, Muniz, da Casa Civil, ressaltou em sua fala que o novo PAC não é apenas um programa focado em investimento em obras, mas tem um pilar importante de medidas institucionais e regulatórias.
Ele destacou ações para modernizar o marco regulatório de PPPs e concessões, iniciativas regulatórias na questão ambiental, além da ampliação das condições de crédito. “O PAC não é só conjunto de empreendimentos e oportunidades de investimentos. Ele sabe que para alcançar objetivos é preciso também medidas regulatórias”, disse Muniz.
Estavam presentes no fórum representantes de grandes empresas na relação EUA-Brasil, como Embraer, Petrobras, Minerva, Stefanini, Gerdau, Natura, Raízen, Suzano, Weg, Movile, Stone e Citrosuco.
Por Amanda Pupo e Sheyla Santos
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