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Governo não aceitará preços abusivos de passagens aéreas e altas injustificadas, diz ministro

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 15, que o governo brasileiro não aceitará preços abusivos de passagens aéreas. “Os preços das passagens subiram mais de 12% na Europa, mais de 15% nos Estados Unidos e mais de 20% no Brasil, mas não vamos aceitar aumentos injustificados. Em média, o trecho no Brasil é de R$ 580, não se justifica ir para R$ 3 mil a cinco dias da viagem”, disse, em entrevista à Globo News.

Na terça-feira, 14, após reunião com as companhias aéreas, Costa Filho afirmou que as empresas irão apresentar um plano para redução dos preços das passagens em até dez dias.

O ministro afirmou que o governo quer inserir mais de 30 milhões a 35 milhões de passageiros na aviação até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Temos dois problemas que preocupam a aviação: o custo do querosene de aviação e a judicialização”, apontou.

Segundo ele, no Brasil, o combustível representa de 30% a 35% do custo das companhias, enquanto na Europa é em média de 18%. “O governo busca reduzir o custo do querosene de aviação. Já caiu 14%”, disse.

Sobre a chamada “judicialização” do setor no País, Costa Filho destacou que o Brasil concentra 70% de todos os processos contra companhias aéreas no mundo. “A judicialização afeta o custo das companhias aéreas no Brasil em R$ 1 bilhão. Conversamos com presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e já pedi para as companhias apresentarem uma proposta para vermos como podemos combater ou diminuir a judicialização no Brasil”, afirmou Costa Filho.

Outra ação citada pelo ministro é a estruturação do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que tramita na Câmara dos Deputados, e prevê R$ 8 bilhões de capital para investimentos para as companhias aéreas, envolvendo financiamento do BNDES. “Esperamos que o fundo avance em 20 dias e as companhias tenham mais capital de giro para investimento”, avaliou Costa Filho.

Por Isadora Duarte

Estadão Conteúdo

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