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Bolsas de NY fecham em alta, com impulso do CPI e perspectivas para Fed; Nasdaq sobe mais de 2%

As bolsas de Nova York tiveram fortes altas nesta terça, 14, acima de 2% no caso do Nasdaq, que teve sua maior altas diária desde abril, impulsionadas pela divulgação dos dados de inflação de outubro nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) abaixo do esperado por analistas reforçou expectativas de uma postura mais branda do Federal Reserve (Fed), que deverá levar à manutenção de juros nas próximas reuniões e até à uma antecipação no corte de juros em 2024, segundo alguns analistas.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,43%, a 34.827,70 pontos; o S&P 500 subiu 1,91%, a 4.495,70 pontos; e o Nasdaq avançou 2,37%, a 14.094,38 pontos. No caso do S&P 500, o cenário chegou a levar de volta o índice ao nível acima de 4.500 pontos, que não alcançava desde setembro.

“Vimos uma resposta e tanto ao relatório de inflação dos EUA nesta terça-feira, com os investidores claramente encorajados pela surpresa tanto nas manchetes como nos números principais”, afirma Craig Erlam, analista da Oanda. “A taxa de base anual caiu para 4%, o que ainda é demasiado elevado, mas a leitura mensal caiu para 0,2%, impedindo um terceiro mês previsto de 0,3% e o possível desenvolvimento de uma tendência persistente, que ainda está, em geral, em vias de descida”, aponta.

O mercado voltou a precificar maio de 2024 como o primeiro mês com probabilidade majoritária (60,8%) de cortes de juros, substituindo junho do próximo ano. O Danske Bank antecipa ainda mais a previsão, e aponta que, à medida que as pressões subjacentes sobre os preços continuam a se moderar, o Fed deve reduzir as taxas em março de 2024.

Entre ações em foco, Home Depot avançou 5,40%, após registrar balanço melhor que o esperado no terceiro trimestre, no início desta terça-feira, com lucro acima do esperado. Ações de consumo discricionário também tiveram grande impulso após os dados de inflação, com Tesla em alta de 6,12% e Amazon, de 2,25%. No caso da varejista, hoje houve a notícia ainda de 180 demissões no setor de games da empresa, em sua segunda rodada de cortes em 2023.

Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast

Estadão Conteúdo

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