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Prefeitura cerca Cracolândia durante a noite após atropelamento

A Prefeitura de São Paulo instalou grades móveis na esquina da Rua dos Gusmões e da Avenida Rio Branco, região da Cracolândia, na noite da sexta-feira, 27. Segundo a Subprefeitura da Sé, a medida, que se repete na noite deste sábado, 28, busca proteger pessoas em situação de vulnerabilidade, dependentes químicos e motoristas, e é pedido da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Um atropelamento no último domingo, 22, deixou 16 feridos no local.

As grades permanecem apenas no período noturno, e os pedestres serão orientados a utilizarem as calçadas. A Prefeitura destacou que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) adota medidas semafóricas, como o módulo amarelo piscante na extensão da Avenida Rio Branco, para que os motoristas tenham trânsito livre durante a noite.

À reportagem, a SSP disse que a instalação de grades objetiva “evitar acidentes” e “proteger os frequentadores do fluxo”. Na nota enviada à reportagem, a pasta elencou outras ações que promove para garantir a segurança no centro da capital, como o reforço da Operação Impacto-Centro e a inauguração da nova sede da 2ª Companhia do 7º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), que passou a atender na República.

No último domingo, 22, um atropelamento na Avenida Rio Branco, esquina com a Rua dos Gusmões, na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, deixou ao menos 16 pessoas feridas. A SSP disse que um homem, de 30 anos, teve seus pertences roubados no local. Em uma tentativa de fuga, ele atropelou as pessoas que vieram para cima de seu carro.

Levantamento feito pela reportagem com base em mapeamento da Prefeitura mostra que a aglomeração de usuários de drogas se fixou em ao menos 11 vias só neste ano. O fluxo chegou a diminuir no fim do primeiro semestre, mas voltou a crescer entre julho e setembro.

A Cracolândia passa o dia na Rua dos Protestantes, entre Santa Ifigênia e Luz. De noite, os usuários voltam para a Rua dos Gusmões, no cruzamento com a Avenida Rio Branco, um dos trechos mais ocupados pelo fluxo no ano, e onde ocorreu o atropelamento.

Além dos roubos a pedestres, muitos usuários atuam como “quebra-vidros”, modalidade de furto a carros.

Por Redação

Estadão Conteúdo

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